Portal de Eventos da ULBRA., XVI FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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REGRISTO DE Austrogoniodes bifasciatus (Piaget, 1885) EM Spheniscus magellanicus NA PRAIA DE TAVARES, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL
Letícia da Silva, Cristine Dossin Bastos Fischer, walter Nisa-Castro-Neto, Paulo Wagner, Carlos Timm

Última alteração: 01-09-2016

Resumo


Spheniscus magellanicus são aves marinhas de médio porte, encontradas no sul da América do Sul, muito comuns na Argentina e Chile. Anualmente, com a chegada do inverno, essas aves percorrem longas distâncias, desde suas colônias reprodutivas até as praias do Rio Grande do Sul em busca de grande oferta de alimento. Muitos deles, em especial os mais jovens, chegam exaustos ao litoral gaúcho, podendo vir a óbito nas praias. Os indivíduos mortos na costa brasileira são, em sua maioria, “náufragos” enfraquecidos e com problemas de saúde. O número de mortes aumenta a cada ano, visando a importância de estudos mais específicos que obtenção de dados que compilem a justificar o óbito deste. O Projeto Linha de Praia, realizado em parceria entre a ULBRA, ONG PRÓ-SQUALUS e IBAMA-RS, realiza o monitoramento mensal das faunas viva e morta, em uma extensão territorial compreendida entre o Balneário Pinhal e a Lagoa do Peixe. Na saída de campo correspondente ao mês de junho de 2016, entre os animais contabilizados, na costa de Tavares (RS) (31°12.500’S 050°50.652'W) foi realizada a coleta de um piolho em um S. magellanicus de idade juvenil, sem causa morte identificada. O parasito foi encontrado após inspeção das penas, na região abdominal, sendo armazenados em frasco eppendorf contendo etanol 70% e enviado ao Laboratório de Parasitologia do Hospital Veterinário ULBRA-Canoas, onde o ectoparasito foi identificado como Austrogoniodes bifasciatus. A identificação ocorreu seguindo as características segundo Piaget e Harrison, onde descreve a cabeça mais larga que longa, faixas occipitaes escuras e triangulares. Abdomem ovalar, com 8 segmentos aparentes e tendo sua maior largura entre o 2° e 3° segmentos. Placas pleuraes escuras e características, apresentando as dos 7° e 8° segmentos uma, semelhança com a cabeça de um pássaro. Além de consultas a literaturas, que citam esta espécie de parasito descrito e relacionado aos pinguins-de-Magalhães. São pertencentes á ordem Mallophaga (piolhos mastigadores), sendo insetos ápteros, ectoparasitos permanentes, de corpos achatados dorso-ventralmente, podem medir de 0.8 mm a 11 mm, são hemimetábolos e todos os instares vivem sobre os hospedeiros. O ectoparasito A. bifasciatus, descrito em 1915, já foi mencionado por Guimarães em 1938, oriundo de amostras de S. magellanicus da Argentina e de Santos, Estado de São Paulo e citações mais recentes, em regiões como Praia do Cassino, no Rio Grande do Sul, Região dos Lagos e Arraial do Cabo no Rio de Janeiro, já realizaram sua identificação. A identificação deste ectoparasito é de grande importância, uma vez que infestações significativas podem trazer grandes impactos no estado geral do animal, além de colaborar na compilação de dados na busca de informações sobre as causas de óbitos e doenças que atingem os pinguins que chegam ao litoral brasileiro.


Palavras-chave


Austrogoniodes bifasciatus, Spheniscus magellanicus, RS.

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