Última alteração: 01-09-2016
Resumo
A alimentação e nutrição constituem-se requisitos básicos para a promoção e a proteção da saúde. O aleitamento materno é necessário para a garantia da saúde e do desenvolvimento adequado das crianças e é considerado o melhor alimento para o lactente, fornecendo proteção contra doenças agudas e crônicas, além de contribuir para o desenvolvimento psicológico e emocional do recém-nascido. O Ministério da Saúde recomenda o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês e continuado até o segundo ano de vida. A garantia do aleitamento materno exclusivo é influenciada, entre outros fatores, pela percepção materna sobre o ato de amamentar e suas dificuldades, e a introdução de líquidos não nutritivos e uso de chupeta. Orientações no pré-natal, condutas hospitalares e suporte pós-parto, acabam por determinar a duração do aleitamento materno. Com base nas variáveis que podem afetar a prática do aleitamento materno e consequentemente o desenvolvimento infantil, este projeto teve como objetivo a fundamentação de ações de promoção do aleitamento materno em uma Unidade de Saúde do município de Canoas, RS. Foram realizadas ações de orientação e capacitação das equipes de estratégia de saúde da família e demais parceiros da rede, sendo desempenhadas práticas de assistência compartilhada e retaguarda especializada para o manejo clínico da amamentação na atenção básica. O projeto teve início no mês de abril e até o momento já assistiu 58 puérperas, essas orientações ocorreram através de visitas domiciliares e durante a realização do teste do pezinho na unidade de saúde, os atendimentos foram compartilhados entre a equipe de estratégia de saúde da família, NASF e residentes. Semanalmente foram realizadas interconsultas de pré-natal, puerpério e puericultura e ações de educação em saúde na sala de espera da unidade. As orientações fornecidas envolvem principalmente: posicionamento e pega adequadas durante a amamentação, manejo de fissuras e ingurgitamento mamário, técnica de ordenha mamária e idade ideal para introdução de alimentação complementar. Observou-se que grande parte das puérperas apresentou alguma dúvida ou dificuldade em relação ao manejo da amamentação, e que diversas delas já haviam ofertado em algum momento complemento alimentar aos seus bebês. Além disso, nos primeiros cinco dias pós-parto diversas mães já apresentaram agravos como fissuras e ingurgitamento mamário. Sendo assim, evidencia-se a importância das orientações quanto ao manejo da amamentação nos primeiros dias de vida do bebê, e a manutenção do acompanhamento dos mesmos, a fim de promover o aleitamento materno exclusivo até pelo menos os seis meses de vida da criança.