A mineração do carvão, apesar de ser a mais abundante fonte de energia não renovável do país, também é responsável pelo lançamento de diversos contaminantes no ambiente, como os rejeitos piritosos que são os principais geradores das drenagens ácidas de mina, que se caracterizam pela elevação da acidez e concentração de metais pesados como o cádmio, chumbo, cobre, ferro, alumínio e zinco. Sendo assim, a extração e a utilização de carvão mineral são atividades potencialmente poluidoras e podem causar sérios impactos nos recursos hídricos. Diante disto, o objetivo deste estudo foi avaliar o potencial mutagênico e citotóxico associado a amostras de águas superficiais impactadas pela mineração do carvão na cidade de Candiota-RS, por meio do Teste de Micronúcleos com Bloqueio da Citocinese (CBMN) na linhagem celular HepG2. Foram escolhidos quatro pontos de coleta de águas superficiais do Arroio Candiota, próximo a Usina Termelétrica Presidente Médici, nos períodos de inverno e verão. Após 20h de cultivo as células foram tratadas com as diferentes amostras de água, oriundas dos pontos de coleta. Nos resultados obtidos não foram observados aumentos significativos de micronúcleos, células apoptóticas e necróticas em relação ao controle negativo para os quatro pontos de coleta nos períodos de inverno e verão. Somado a isso, não foram observadas diminuições no índice de divisão nuclear entre os tratamentos e o controle negativo.