A ovinocultura sempre foi uma atividade de grande importância econômica, sendo fonte de produção de lã, couro e carne. A verminose é a principal responsável por reduzir o potencial produtivo dos ovinos, causando prejuízos econômicos, decorrente a dificuldade de controle dos parasitas pela falta ou por informações inadequadas sobre à frequência de tratamentos. Em questionários aplicados a produtores rurais do Rio Grande do Sul, 94% citaram a verminose como uma preocupação sanitária. Esta mesma preocupação, estende-se à Médicos Veterinários, que são constantemente desafiados com manejo e drogas para minimizar os prejuízos decorrentes a verminose. Para ilustrar a flutuação estacional dos ovos de helmintos gastrointestinais de ovinos, este estudo teve como objetivo, ilustrar as épocas que podem ser consideras um ponto crítico para verminoses. Foi realizado um estudo retrospectivo de exames parasitológicos de fezes dos ovinos pertencentes a Associação Educacional Luterana do Brasil- AELBRA, no período de junho de 2014 a julho de 2016, onde foram realizadas 711 amostras de fezes evidenciando a média de ovos das superfamílias Strongyloidea e Trichostrongyloidea, utilizando o método de Gordon e Whitlock modificado.  No período de junho de 2014 a junho de 2015 a média de ovos foi de 783,3 o.p.g; tendo meses de altas contagens como agosto de 2014 (média de 1.737,1 o.p.g) e baixas contagens como fevereiro de 2015 (média de 66,6 o.p.g), já no período de Junho de 2015 a julho de 2016, a média foi de 1.789,1 o.p.g; tendo meses de altas contagens como julho de 2015 (média de 6.125 o.p.g) e baixas contagens como julho de 2016 (média de 86,6 o.p.g). Os dados justificam o fenômeno chamado hipobiose, no qual o acúmulo de larvas hipobióticas coincide com o início do período seco nas regiões tropicais e subtropicais. Sua volta ao estado larval maturo coincide com o retorno das condições favoráveis no início do período chuvoso, no entanto, não está claro o que dispara o sinal para a volta da maturação dessas larvas. No presente estudo, foi registrado o uso de anti-helmínticos nos animais nos meses de julho, outubro, novembro, dezembro de 2015 e janeiro, fevereiro, março e maio de 2016.  A vermifugação tem demonstrado boa eficácia, aplicadas somente quando necessário. Não foram realizadas vermifugações nos meses de junho e julho de 2016 devido a baixa contagem de ovos que variou de 100 a 900 o.p.g, correspondentes a 45 amostras analisadas neste intervalo, o que evidencia um bom controle e manejo que vem sendo empregado na fazenda escola da AELBRA.