Última alteração: 19-10-2021
Resumo
Os cães são muito importantes no convívio com as pessoas, sendo sua capacidade de oferecer afeto e companhia cada vez mais valorizados pelos seres humanos. Este convívio, porém, pode trazer o risco de transmissão de doenças para os seres humanos, como as causadas por parasitos intestinais de cães. Além disto, as doenças parasitárias podem estar associadas a outras doenças e podem influenciar no diagnóstico e recuperação dos animais. O objetivo deste trabalho foi o de verificar a prevalência do parasitismo por helmintos e protozoários em cães internados no Hospital Veterinário da Universidade Luterana do Brasil (HV-ULBRA) e estabelecer quais são os métodos de controle que se deve ter em um ambiente hospitalar. Foram selecionados aleatoriamente 50 animais internados no HV-ULBRA, cujas amostras de fezes foram processadas pelos métodos de diagnóstico parasitológico Willis-Mollay; Denis, Stone e Swanson e Faust. Deste total, 24 se apresentaram positivas (48%) para um ou mais parasitos intestinais. As infecções simples ocorreram em 18 animais (75%) e as infecções mistas em 6 animais (25%). O helminto identificado com maior frequência foi Ancylostoma spp. (46,9%), seguido de Trichuris sp. (25%) e Toxocara sp. (6,25%). O cestódeo D. caninum não foi identificado nas amostras analisadas. O protozoário Cystoisospora spp. foi encontrado em 7 amostras de fezes (21,9%) e Giardia sp. não foi identificado em nenhuma amostra de fezes examinada. O controle das infecções parasitárias em cães deve ser feito através do uso de anti-helmínticos e educação dos tutores dos animais sobre o risco de ocorrer infecções parasitárias, sendo indicado o tratamento regular combinado com o exame parasitológico de fezes. Os resultados obtidos permitem constatar a grande incidência de cães que são hospitalizados no HV-ULBRA acometidos por doenças diversas e concomitantemente abrigando parasitas intestinais e que se faz necessária a implantação de um programa de controle das infecções parasitárias HV-ULBRA.