Introdução: Qualidade de Vida relacionada com a Saúde Oral tem implicações para a prática clínica, pesquisa odontológica e nas ações públicas de saúde. O índice CPO-D e o IPC não consideram a percepção subjetiva do indivíduo em relação à saúde bucal e de como afeta a vida diária. Objetivo: Este trabalho tem objetivo de relacionar saúde bucal com a qualidade de vida, além de identificar se o sexo influencia essa relação. Materiais e Método: Foi realizado um estudo descritivo transversal. Os participantes estiveram em atendimento na Clínica-Escola de Odontologia da ULBRA (Torres e Canoas). A amostra total constituiu-se de 85 pacientes. Utilizou-se um Questionário de caracterização sócio-econômico-demográfica, com dados sobre sexo, renda, idade, escolaridade. Questionário OHIP – 14; O impacto sobre a qualidade de vida foi mensurado através de soma dos valores ordinais dos 14 itens do questionário. CPO-D: Neste instrumento, um odontograma foi utilizado para coletar os dados de dentes cariados, perdidos e obturados. O banco de dados foi exportado para o software SPSS 18.0. Foi realizada uma análise descritiva da população estuda, com médias, desvio-padrão e frequências. O trabalho foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa da ULBRA e aprovado sob o Número do Parecer 491.259. Resultados e Discussão: As análises descritivas mostram que a perda dental ocorre com maior frequência na região posterior dos arcos dentais; que há um alto índice de dentes cariados, perdidos e obturados; e que os participantes da pesquisa possuem heterogeneidade em relação à sua saúde bucal, com alguns participantes livres de doenças bucais e outros com edentulismo total. O presente trabalho não identificou o sexo como um fator associado à essa variável. Conclusão: Conclui-se que saúde bucal e qualidade de vida é um tema interdisciplinar complexo e necessita de uma coleta de dados mais ampla para responder à pergunta da pesquisa.