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Os roedores constituem um grupo com elevada riqueza de espécies, e no Rio Grande do Sul são encontradas 21 espécies de roedores, entre elas Lundomys molitor, Oligoryzomys nigripes, Oxymycterus nasutus e Scapteromys tumidus. Essas espécies apresentam diferenças nos hábitos de vida (terrestre, semiaquático, escansorial, semifossorial, crepuscular) e dieta (herbívora ou onívora). Em relação à helmintofauna, para o RS existem registros de duas espécies de nematoides em O. nigripes e S. tumidus. O objetivo do presente trabalho foi conhecer a biodiversidade de nematoides e a relação ecológica em roedores ocorrentes no Rio Grande do Sul. Durante 2009 e 2013 foram coletados roedores nos municípios de Bom Jesus, Cerro Largo, Rio Grande, São Gabriel, São Lourenço do Sul e Vacaria, Estado do Rio Grande do Sul. Os nematoides encontrados foram fixados e conservados de acordo com as técnicas do grupo. Após, os espécimes foram montados temporariamente para realização da identificação, fotomicrografias e desenhos. Em O. nigripes foram encontradas duas espécies (Guerrerostrongylus zeta e Stilestrongylus sp.), enquanto que em L. molitor foi encontrada Stilestrongylus sp.; em Ox. nasutus foi determinada Protospirura sp. e, em S. tumidus foi identificada Nematomystes scapteromi. As infecções de G. zeta e Stilestrongylus sp. possivelmente estão associadas a um hábito de forrageio terrestre das espécies de roedores; Ox. nasutus provavelmente ingeriu hospedeiros intermediários infectados com larvas de Protospirura sp. e, S. tumidus deve ter sido infectado através da ingestão de ovos com larvas de N. scapteromi. Considerando a relação parasito-hospedeiro, a helmintofauna de roedores está relacionada ao hábito e dieta dos roedores, porém ainda pouco estudados no RS.

Mamíferos. Helmintos. Parasitos.