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PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS AO FRÊNULO LINGUAL ALTERADO EM PRÉ-ESCOLARES DE CANOAS-RS.
Última alteração: 04-10-2015
Resumo
O diagnóstico, implicações e tratamento do frênulo lingual alterado (FLA), especialmente a anquiloglossia, são controversos, sendo escassa a base científica que apoie o teste da linguinha e a intervenção cirúrgica. O objetivo do estudo foi avaliar a prevalência e fatores associados a alterações do frênulo lingual, assim como sua relação com aleitamento materno. Estudo transversal compreendeu 1313 crianças de 0 a 5 anos de idade das 31 pré-escolas municipais de Canoas/RS. Questionário sociodemográfico e comportamental foi aplicado aos pais. Frênulo lingual foi classificado no exame físico em normal, curto, anteriorizado, curto e anteriorizado e anquiloglossia e após dicotomizado em normal e alterado. Análise estatística foi realizada com teste qui-quadrado, Mann-Whitney e Regressão de Poisson. A prevalência de FLA foi de 11,2% (147/1313), sendo mais frequente o frênulo do tipo curto (n=78; 5,9%), seguido do curto e anteriorizado (n=59; 4,5%), anteriorizado (n=9; 0,7%) e anquiloglossia (n=1; 0,08%). A prevalência de FLA foi significativamente maior no sexo masculino (RP 1,59; IC 95% 1,15-2,19; p=0,005), mas não modificou com a idade ou nível socioeconômico. Não houve diferença na prevalência (p=0,558) e no tempo de aleitamento materno (p=0,437) entre crianças com freio lingual normal (média: 9,7 meses) e FLA (média: 10,2 meses). Concluiu-se que não há relação entre FLA e aleitamento materno. Além disso, anquiloglossia é um evento raro, restringindo a indicação de intervenção cirúrgica em recém-nascidos.
Palavras-chave
Frênulo lingual. Pré-escolares. Prevalência.
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Pôster
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