Última alteração: 15-12-2015
Resumo
Introdução. Na construção da Teoria da Ação Comunicativa de Habermas no ato locucionário se diz algo; no ilocucionário se realiza uma ação dizendo algo; e no ato perlocucionário se quer causar alguma ação com o que se está dizendo algo. Esta classe de interações, em que todos os participantes harmonizam entre si seus planos individuais de ação e perseguem, sem reserva alguma, seus fins ilocucionários, é o que se chama de ação comunicativa. Referencial teórico. Na ação participativa, as condições de aceitabilidade de um ato de fala acontecem pela possibilidade de sua realização por um participante numa comunicação. As condições precisam ser cumpridas intersubjetivamente, isto é, pelo falante e pelo ouvinte. Sobre as condições se estabelece um acordo, bem como seu desdobramento posterior. Metodologia. Habermas apresenta alguns modelos de ação comunicativa e suas respectivas racionalidades para, comparativamente, explicar a ação comunicativa que busca o entendimento. É uma metodologia que se ocupa da teoria filosófica da ação. Discussão. Constata-se que o sujeito se comunica com o mundo a partir de ações que repousam em determinada racionalidade, e estas, conseqüentemente, têm desdobramentos acentuados no modo como se dá a interferência do sujeito no mundo da vida. Aspectos em observação se referem a sua metacomunicação. Resultados parciais e Considerações Finais. A pesquisa está sendo aplicada em dois universos distintos: a) numa Comunidade Quilombola com adolescentes-jovens em forma de um curso de profissionalização no universo da comunicação pessoal; b) junto a professores universitários, projeto ainda em execução e sem resultados até o presente momento. Na Comunidade Quilombola é possível constatar como resultados da ação ali implementada torna-se perceptível pelo aumento da capacidade de expressão, aliada à diminuição da inibição em falar; o esclarecimento quanto aos modelos culturais vigentes de organização; a saída de um processo de vitimização através de uma maior responsabilização por seu próprio percurso de vida e a busca de alternativas.