Última alteração: 06-10-2015
Resumo
Asteraceae consiste de 23.000 espécies organizadas em 3 subfamílias e 17 tribos, sendo que destas, 13 estão representadas no Rio Grande do Sul. A parede do grão de pólen é uma estrutura complexa e nas Compositae é de grande valor taxonômico. Grãos de pólen de Asteraceae, de maneira geral, podem ser caracterizados pela exina biestratificada, abertura tricolporada e endoabertura lalongada. O diâmetro do grão, a espessura da exina e ocorrência de cava são características morfológicas que fornecem valiosos dados taxonômicos, e sugerem relações filogenéticas das tribos. Para este estudo foram selecionados representantes nativos de todas as 13 tribos do Estado. As medidas das exinas dos grãos de pólen referem-se a 79 espécies pertencentes a 36 gêneros, distribuídos nas seguintes subfamílias: Barnadesioideae, tribo Barnadesieae (1); Cichorioideae, tribos: Cardueae (1), Lactuceae (1), Mutisieae (4) e Vernonieae (1); Asteroideae, tribos: Anthemideae (1), Astereae (7), Eupatorieae (2), Gnaphalieae (3), Helenieae (1), Heliantheae (10), Plucheae (2) e Senecioneae (2). Na preparação dos grãos de pólen foi utilizado método acetolítico e as lâminas encontram-se depositadas na palinoteca do Laboratório de Palinologia da ULBRA. Os dados mostraram que nas subfamílias mais basais (Barnadesioideae e Cichorioideae) os grãos possuem diâmetro maior, espessura da exina maior, altura da ornamentação menor e sem cava, no entanto, a subfamília Asteroideae apresenta grãos de diâmetro menor, espessura da exina menor, altura da ornamentação maior e são cavados, características consideradas apomórficas. Em sedimentos quaternários a subfamília Asteroideae apresenta maior representatividade devido, provavelmente, a estas apomorfias.