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INFLUÊNCIA DA TENSÃO DE O2 E DE IGF-1 NA EXPRESSÃO DE MARCADORES ASSOCIADOS COM UM FENÓTIPO PRIMITIVO EM CÉLULAS ESTROMAIS MESENQUIMAIS DE TECIDO ADIPOSO HUMANO
Última alteração: 10-09-2019
Resumo
As células-tronco mesenquimais (CTMs), são um dos tipos mais promissores de células-tronco adultas na terapia de tecidos. As CTMs foram isoladas na medula óssea (1976), obtidas de vários órgãos e tecidos como: a membrana sinovial e cordão umbilical (2001), tecido adiposo (2001), tendão (2003), pâncreas e fígado (2006), tecido cerebral humano (2017) e encontradas na morfogênese pulmonar onde os pericitos pulmonares e as células endoteliais (ECs) nos capilares dão suporte especializados aos vasos sanguíneos (2018). Os pericitos são células perivasculares ou células periendoteliais que envolvem as células endoteliais em capilares e micro vasos. Em 1999, Bianco e Cossu propuseram que as células estromais mesenquimais (CEMs) eram derivadas de pericitos. Sob condições fisiológicas ou condições de lesão, os pericitos dão origem a tipos de células maduras como condrócitos, adipócitos, osteócitos, fibroblastos, fibras musculares esqueléticas, células do estroma endometrial, células do músculo liso vascular, células de Leydig e odontoblastos in situ, contribuindo para o reparo/regeneração sem a necessidade de recrutamento de outros locais. No final dos anos 2000, desenvolveu-se uma metodologia para isolamento de pericitos do tecido adiposo humano baseado em parte na utilização do anticorpo 3G5, mas a inovação dela consistiu em utilizar aderência a uma superfície de plástico tratado para cultivo celular como um critério de seleção funcional das células antes de seleção positiva por esse anticorpo, e seleção negativa de células positivas para o marcador CD31. Vários ensaios demonstraram que os pericitos isolados adquirem características de CEMs quando cultivados. Os pericitos recém isolados expressam, em sua superfície, CD271 e CD34, mas não CD146 ou CD45. Ainda neste contexto, chama a atenção o fato de Frazier et al. (2016) considerarem que as células descritas por eles não eram pericitos com base apenas na ausência de expressão de CD146 na superfície das mesmas, sem qualquer análise de cortes de tecido adiposo. Esse fato demonstra a necessidade de estudos mais aprofundados que investiguem a posição microanatômica de células positivas para marcadores de pericitos no tecido adiposo humano, particularmente CD271. Existem evidências de que baixa tensão de O2 e IGF-1 podem estar envolvidos na manutenção de um fenótipo mais primitivo por CEMs, o que as tornaria mais promissoras para utilização na medicina regenerativa e contribuir para aplicações terapêuticas futuras dessas células. Este trabalho tem como objetivo principal avaliar a influência de baixa tensão de oxigênio e de IGF-1, isoladamente ou conjuntamente, na expressão de moléculas associadas a um fenótipo primitivo semelhante ao de pericitos não cultivados em culturas de CEMs de tecido adiposo humano. Serão realizadas, entre outras, as análises em cortes de tecido adiposo e descrever a posição microanatômica das células com marcadores de pericitos em amostras coletadas de pacientes submetidos a cirurgia de correção das sequelas de cirurgia bariátrica. A metodologia empregada para a análise da estrutura histológica dos cortes de tecido adiposo incluídos em parafina, será a coloração por hematoxilina/eosina (HE). Para descrever a posição microanatômica das células e detectar os marcadores de superfície com os anticorpos e fluorocromos (CD31- FITC, CD34-FITC, CD271-FITC), serão realizadas análises por microscopia de fluorescência nos cortes congelados em sistema criogênico (N2L e OCT).Palavras-chave: pericitos, tecido adiposo humano, marcadores de CD 271, sistema criogênico.
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