Última alteração: 10-09-2019
Resumo
A Educação Inclusiva traz como direito constituído a matrícula de alunos com deficiência em classe regular, além do atendimento ofertado em salas de recursos multifuncionais ou em centros de Atendimento Educacional Especializado - AEE. Considerando os alunos de inclusão no contexto do ensino regular, propõe-se investigar estratégias de ensino com professores de salas de aula regular e do AEE da região metropolitana de Porto Alegre/RS e o processo de aprendizagem de conceitos matemáticos e científicos necessários à sua inclusão, como objetivo de pesquisa. A pesquisa caracteriza-se por propor a parceria de grupos de estudos, em uma abordagem qualitativa, na qual os envolvidos atuam e cooperam, o que se constitui, nas palavras de Fiorentini (2012, p. 74)[1], em um “projeto investigativo cooperativo”, tendo como participantes da pesquisa professores do AEE, alunos e professores que ensinam Ciências e Matemática nas classes inclusivas da Educação Básica. A pesquisa contempla também a interação de três Laboratórios da ULBRA: LEI (Laboratório de Estudos de Inclusão – PPGECIM - Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática, Campus Canoas), LA (Laboratório de Acessibilidade, curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas – Campus Guaíba) e o LSD (Laboratório de Sistemas Digitais, curso de Ciência da Computação – Campus Gravataí), com a finalidade de implementar (desenvolver, analisar e validar) TA - Tecnologias Assistivas, com foco nas intervenções pedagógicas planejadas pelos pesquisadores em cooperação com os participantes da pesquisa, visando estratégias de atendimento aos alunos, dentro de suas reais possibilidades, que contemplem conceitos científicos e matemáticos. Os dados coletados são analisados por meio de: entrevistas, questionários, interação com as TA; observações nas escolas. Dentre os resultados obtidos[2], destacam-se: mapeamento da realidade da inclusão da região metropolitana de Porto Alegre/RS; integração dos Laboratórios e implementação de TA com o propósito de auxiliar a aquisição dos conceitos básicos de Matemática e Ciências. Segundo os dados obtidos, o uso das TA proporciona diversas ações didáticas desenvolvidas tanto na sala de aula inclusiva, contemplando um grupo ou uma turma de alunos, quanto atividades mais individualizadas aplicadas na sala de recursos e adaptadas às necessidades específicas de cada aluno, podendo promover a inclusão escolar. Outro resultado importante para a continuidade da pesquisa é a implementação do Clube do Arduino projetando o desenvolvimento de TA para ensino de Matemática e Ciências.
[1] FIORENTINI, D. Pesquisar práticas colaborativas ou pesquisar colaborativamente? In: BORBA, M.C.; ARAÚJO, J.L. (Orgs.) Pesquisa Qualitativa em Educação Matemática. 4.ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2012.
[2] As ações desenvolvidas até o momento são oriundas do projeto aprovado no Edital de Apoio a Projetos de Tecnologia Assistiva – CNPq/MCTIC/SECIS Nº 20/2016.