Última alteração: 10-09-2019
Resumo
O objetivo desse estudo foi testar as seguintes hipóteses: a degradação in vitro predispõe maior citotoxicidade dos bráquetes metálicos; a presença do Flúor no processo de degradação desses acessórios, determina maior citotoxicidade dos mesmos. A amostra foi composta por 100 corpos de prova, divididos em 5 grupos com diferentes marcas comerciais. Para cada marca, utilizaram-se 20 corpos de prova, 5 foram controle (sem degradação), e os outros 15 submetidos ao processo de degradação in vitro, com e sem Flúor, nas concentrações de 0,2% e 0,05%, sendo, a seguir, submetidos ao Teste MTT para avaliação da viabilidade celular. A análise estatística envolveu os testes ANOVA e t-student, p£0,05. Observou-se certa ausência de citotoxicidade para os bráquetes metálicos de diferentes composições e marcas, comparando os meios nas primeiras 24h; diferente das 48 e 72h, quando os grupos mostraram variabilidade na presença de citotoxicidade, com redução das médias para os grupos Morelli e Eurodonto, e influência da presença do Flúor, especialmente a 0,05%. Concluiu-se que as hipóteses foram parcialmente negadas, a maioria dos bráquetes mostraram ausência de citotoxicidade nos diferentes meios e tempos, entretanto, o processo de degradação e presença de Flúor influenciaram na citotoxicidade de alguns bráquetes, no decorrer do tempo. Os resultados sugerem que, do ponto de vista da citotoxicidade, a escolha do bráquete pode ser pautada na composição relacionada aos íons que proporcionam proteção da liga em relação a corrosão e, não somente, a ausência do Níquel.