Portal de Eventos da ULBRA., XIX FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA (CANOAS)

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REPERCUSSÕES DA CIRURGIA DE AVANÇO MAXILOMANDIBULAR SOBRE O ESPAÇO AÉREO FARÍNGEO: ANÁLISE RETROSPECTIVA
Mateus Carvalho Antunes Figueiredo, Maria Perpétua Mota Freitas

Última alteração: 10-09-2019

Resumo


Palavras-chave: retrognatismo, cirurgia ortognática, avanço mandibular, obstrução das vias respiratórias, apneia obstrutiva do sono.

A cirurgia de avanço maxilomandibular tem mostrado, resultados positivos em casos de pacientes com apneia obstrutiva do sono, uma vez que predispõe o aumento do espaço aéreo faríngeo, eliminando as zonas de colapso. Apesar da existência de trabalhos que mostram alterações nas vias aéreas superiores a partir do movimento cirúrgico maxilomandibular, existem poucos relatos que determinem uma proporção numérica dessa resposta contemplando diferentes regiões do espaço aéreo faríngeo, bem como estruturas vizinhas, o que facilitaria aos profissionais envolvidos uma predição de ganho a nível respiratório. O objetivo desse trabalho foi avaliar as repercussões da cirurgia de avanço maxilomandibular sobre o espaço aéreo faríngeo e osso hioide, verificando o percentual de resposta a partir das movimentações cirúrgicas realizadas. A amostra foi composta por radiografias cefalométricas de perfil pré e pós-operatórias, de 36 pacientes, média de 33,5 anos, submetidos a cirurgia de avanço maxilomandibular, sendo realizadas medidas lineares e angulares utilizando o software Radiocef / Radiomemory®. A variável de desfecho foi a repercussão dos movimentos cirúrgicos no espaço aéreo faríngeo em 4 diferentes pontos. As variáveis de exposição incluíram sexo, idade e movimentação óssea maxilar e mandibular. As médias de avanço maxilar e mandibular foram de 4,61mm e 8,33mm, respectivamente. Todas as regiões do espaço aéreo faríngeo avaliadas mostraram aumento significativo, sendo 2,11mm para o superior (p<0,01), 3,3mm para o médio (p<0,01), 4,19mm para posterior (p<0,01) e 2,5mm para o inferior (p<0,01). Houve correlação direta do avanço maxilar apenas com o aumento do espaço faríngeo superior, percentual de resposta de 48,41%, bem como correlação direta para o avanço mandibular com aumento espaço faríngeo médio, posterior e inferior, médias de resposta 44,53%; 44,96%; 24,67%, respectivamente.  Em decorrência do avanço mandibular, houve deslocamento do osso hioide para anterior. A cirurgia de avanço maxilomandibular predispôs aumento nas medidas do espaço aéreo faríngeo, com respostas entre 24,67% e 48,41% da amplitude do movimento cirúrgico a depender da região, associado ao deslocamento anterior do osso hioide, o que pode sugerir benefícios clínicos a nível respiratório.

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