Última alteração: 10-09-2019
Resumo
O projeto foi desenvolvido ao longo de três anos e teve como objetivo registrar os indicadores de ocupação humana para amostras fósseis no sul do Brasil, através da identificação do grão de pólen de gramíneas cultivadas. Até o desenvolvimento do projeto era possível identificar apenas a presença do milho Zea mays L., entretanto, para estudos no Holoceno Tardio esta informação não era suficiente, visto que outras gramíneas também eram cultivadas no Rio Grande do Sul para alimentação: Oryza sativa L. (arroz); Avena sativa L.(aveia); Secale cereale L. (centeio); Triticum sp. L. (trigo); ou como forrageiras: Avena strigosa Schreb.(aveia-preta); Briza minor L. (capim-treme-treme); Holcus lanatus L. (capim-lanudo); Poa annua L. (pé-de-galinha, pastinho-de-inverno); Lolium multiflorum L. (azevém); Lolium temulentum L. (joio); e Eragrostis plana Nees (capim-annoni). Considerando que as áreas abertas ocupam 2/3 do planeta e que a família botânica que a caracteriza são as gramíneas (Poaceae), foram trabalhadas também espécies nativas representativas no Estado. A finalização do projeto permitiu a integração dos dados morfométricos e descritivos, estabelecendo três tipos polínicos distintos sendo assim, possível identificar espécies de gramíneas exóticas em amostras sedimentares. Os dados do projeto foram compilados no livro “POLEN DE GRAMINEAS SUL-BRASILEIRAS” publicado e registrado sob o ISBN 978-85-924194-0-0. As informações sobre o nome popular, o hábito, a vegetação de ocorrência, ciclo de vida e tipo de fotossíntese, aliado as informações botânicas e polínicas reforçam a importância desta obra. Embora Poaceae seja uma família estenopolínica, seus grãos de pólen apresentam diferenças que podem ser relacionadas principalmente ao número de aberturas, tamanho dos grãos de pólen e tamanho das aberturas ou ornamentação. Além da descrição polínica, o livro apresenta a descrição botânica e a distribuição de cada espécies. As pesquisas continuam em ampliação tendo em vista a importância botânica da família. Espera-se futuramente ampliar esta primeira edição.