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A produção polínica está diretamente relacionada com as dinâmicas ecológicas, mantendo envolvimento na manutenção tanto da biota vegetal como animal. A quantidade de grãos de pólen produzidos pelas plantas já foi relatada como determinante para o equilíbrio vegetal, onde qualquer variação na produção polínica pode levar ao declínio ou até mesmo a extinção da população. Da mesma forma, animais polinizadores específicos de determinadas floras também podem ficar comprometidos em resposta as flutuações populacionais vegetais. Caso comum que ocorre, por exemplo, em espécies da família Asteraceae consideradas entomófilas onde, principalmente, abelhas cumprem o papel da polinização. A morfologia dos grãos de pólen desta família confirma este tipo de polinização em decorrência de suas superfícies ornamentadas, entretanto a grande quantidade de pólen disperso no ambiente constatada em materiais palinológicos atmosféricos e sedimentares promovem questionamentos se existe dupla via de transporte ou se o recurso polínico não é totalmente esgotado pelo agente polinizador. Para melhor esclarecimento acerca desta problemática é necessário primeiramente o conhecimento da contribuição total de grãos de pólen oferecidos pelas espécies desta família. Neste sentido, foram analisadas as produções polínicas de três tribos, cinco distintos gêneros, contemplando-se seis espécies (Angelphytum grisebachii (Baker) H.Rob., Isostigma crithmifolium Less., Trixis pallida Less., Verbesina sordescens DC., Vernonia oxyodonta Malme e Vernonia verbascifolia Less.). A partir das exsicatas foram extraídas anteras em preantese maceradas e levadas a câmara de Neubauer para o estabelecimento da quantidade de grãos de pólen por antera. A espécie mais produtiva foi Trixis pallida enquanto Vernonia oxyodonta obteve a menor quantidade de grãos de pólen por antera. As demais espécies demonstraram valores de produção de pólen intermediários entre os dois extremos. Espera-se que com os dados apresentados possam ser elucidadas informações a respeito das reais contribuições da quantidade polínica de espécies da família Asteraceae dispersa no ambiente, assim como de vias de transporte dos grãos de pólen.