A tumoração benigna do tecido conjuntivo fibroso em peixes apesar de pouco relatada pode ser associada a vírus, lesão traumática, genética ou ainda ambiental, sendo uma boa fonte de investigação referente à poluição de águas e câncer.  O fibroma é classicamente caracterizado por um aglomerado de células fusiformes e fibras colágenas, pouco diferente de leiomioma, sendo necessária imunohistoquímica para diagnóstico diferencial. Este relato tem por objetivo descrever uma lesão proliferativa em região cutânea de um peixe ornamental Cauda de Véu (red cap) atendido no Hospital Veterinário da Universidade Luterana do Brasil. Foi observado aumento de volume em região caudal à cloaca medindo 2,5 x 1,5 x 2,0cm, pedunculado com base de 1cm. O animal foi anestesiado com eugenol e a remoção da lesão foi realizada através de incisão elíptica na base removendo parte da musculatura juntamente com a lesão tumoral. A oclusão da ferida cirúrgica ocorreu em um só plano através da síntese de pele em sutura contínua simples com fio absorvível sintético 5-0. O animal recebeu no pós-operatório imediato dose única de enrofloxacina e foi observado por 15 dias. No sexto dia observou-se deiscência parcial da sutura e migração do epitélio sobre a ferida no tempo de 14 dias. Não foram observadas infecções secundárias. O material coletado foi encaminhado para análise histopatológica na qual foram observados macroscopicamente coloração pardacenta ao corte, consistência macia e aspecto nodular. Microscopicamente a massa tumoral apresentava-se circunscrita por proliferação de fibrócitos bem diferenciados e arranjados em cordões ondulados tendo como diagnóstico definitivo de fibroma. O peixe desde o primeiro dia pós-cirúrgico alimentou-se adequadamente e apresentou comportamento normal, sendo devolvido ao seu habitat 15 dias após o procedimento cirúrgico.