Portal de Eventos da ULBRA., XIII FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA (Canoas)

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Resultados de ressecção traqueal cervical como tratamento em pacientes com estenose traqueal cervical no Hospital Universitário Ulbra Mãe de Deus, Canoas
Liz Lopes Sombrio, Airton Schneider

Última alteração: 07-01-2014

Resumo


Estenose traqueal é uma patologia prevalente no nosso meio devido às condições estruturais das UTIs e o perfil jovem do paciente, usualmente traumatizado. Dependendo da localização e do tipo de estenose, a cirurgia pode ser a única forma de resolução. Este trabalho visa apresentar os resultados da ressecção cervical traqueal para tratamento de estenose traqueal adquirida num Hospital Universitário entre 2008 até 2012. Como metodologia foi utilizado estudo descritivo transversal retrospectivo onde foram revisados prontuários de 83 pacientes atendidos no Hospital Universitário Ulbra/Sistema de Saúde Mãe de Deus, no período de 2009 até 2012.  Estes 83 pacientes foram submetidos a 93 cirurgias. A média de idade foi 56 anos (16-72 anos). A maioria (76%) eram homens. As causas foram pós-tubo (66), idiopática (2), estenose da traqueotomia (15). A extensão média de traqueia ressecada foi de 2,5 cm, variando de 1,5 c, até 7 cm. Trinta e cinco pacientes foram submetidos à ressecção complexa. No começo da experiência (33 casos) foi utilizado o ponto do mento ao esterno, que foi abandonado com o tempo. Não houve um índice maior de complicação e os resultados são superponíveis. Não houve óbito nesta série, com tempo de internação em média 4 dias (3-14 dias). As complicações foram paralisia de recorrente unilateral (3 casos-3,6%), hematoma (3 casos-3,6%), infecção (5 casos-6%) . Seis casos (7,2%) não puderam ser decanulados e continuam com traqueostomia ou prótese em T. Uma paciente foi laringectomizada. A análise multivariada determinou que a extensão da ressecção, o tipo de estenose, traqueostomia prévia não foram fatores importantes. Apenas o evento cardíaco como causa isolada foi, de forma estatística, determinante de mau prognóstico. Conclusão: A estenose traqueal pode ser tratada de forma segura e pode-se esperar bons resultados do tratamento cirúrgico, nesta série apenas 7% dos casos não conseguem ser decanulados. A cirurgia deve ser a ressecção e anastomose término-terminal.

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