Portal de Eventos da ULBRA., XIII FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA (Canoas)

Tamanho da fonte: 
PROTOCOLO PARA OBTENÇÃO DE PLASMA RICO EM PLAQUETAS - (PRP) NA ESPÉCIE EQUINA
Mariangela da Costa Allgayer, Letícia Silva, Filipe Simeão Fröhlich Klug, Maria Inês Witz, Paula Preussler Santos, Eduardo Malschitzky, Katiana Santos Stelmach Pereira

Última alteração: 07-01-2014

Resumo


Devido à demanda por terapias menos invasivas, o PRP se destaca na medicina esportiva equestre, no organismo por ser uma fonte natural de fatores de crescimento que agudiza a cicatrização. As plaquetas assim como macrófagos, células endoteliais, monócitos, fibroblastos, osteoblastos possuem Fatores de Crescimento Derivados das Plaquetas (PDGF) no entanto grânulos α das plaquetas constituem o maior reservatório de PDGF essa é uma glicoproteína mitogénia multifacetada, com peso molecular de aproximadamente 30 kDa. A vantagem do uso de sangue de origem autógena para elaboração do PRP, evita a transmissão de doenças infectocontagiosas e reações imunológicas. O padrão fisiológico do sangue na espécie eqüina apresenta uma abrangência de 90.000 a 350.000 plaquetas/μL. O objetivo deste trabalho foi estabelecer um PRP para a espécie, de acordo com os valores publicados na literatura, sendo descritos valores que variaram em concentrações entre 130 a 236%. O desenvolvimento do trabalho, na sua fase inicial consistiu em dimensionar o tamanho da centrifuga para estabelecer em que regime de rotações por minuto seria produzido uma força de gravidade adequada para que houvesse uma melhor conservação dos elementos celulares. Avaliações em momentos diferentes do pico de utilização da centrifuga no laboratório pareceu contribuir para uma maior ocorrência de hemólise, segundo algumas das proposições de protocolos, o uso de centrífuga refrigerada permite uma maior conservação celular. Uma coleta de 61,2mL de sangue total por venopunção da jugular com sistema de vácuo, com armazenamento em tubos de 3,6mL contendo citrato de sódio a 3,2%, que permite uma melhor conservação das células sanguíneas, frente a outros tipos de quelantes. Os tubos após coleta foram movimentados por inversão para homogeneização, a partir de um tubo foi feita a contagem dos padrões fisiológicos para posterior avaliação do incremento plaquetário. Os tubos passaram por uma primeira centrifugação a 100G, durante 20 minutos. Após esse processo todo plasma foi coletado com pipeta micrometrada tomado em porções de 1000μL, sendo que a porção do botão leucocitário e 700μL das hemácias também foram colocados em tubos de 10mL de vidro sem anticoagulante, tomando sempre a quantidade de dois tubos coletores para um de vidro. Na segunda centrifugação foi repetida a mesma força a 100G agora por 10 minutos. Após isso três quartos (¾) do plasma superior foi desprezado tendo a pipeta micrometrada em 1000μL, repetindo coletas a partir do limite superior sem promover turbulência. A coleta do PRP constituiu do plasma restante somado ao botão leucocitário e uma porção de hemácias representado um volume de aproximadamente 1000μL por tubo. Como resultado as Concentrações Plaquetárias CPs variaram de 180% a 443% (n=17). O protocolo proposto permitiu alcançar CPs que variaram de 315.000 a 1.047.000/μL, o que é adequado para a utilização na terapia celular.


Texto completo: Pôster