Última alteração: 07-01-2014
Resumo
No processo da transformação da pele em couro são gerados grandes volumes de efluentes contendo altas concentrações de substâncias químicas poluentes. Assim, sempre que possível, é necessário melhorar a qualidade do efluente tratado. Este trabalho teve como objetivo principal avaliar a toxicidade de um efluente tratado, proveniente de uma empresa de acabamento de couros que utiliza“wet blue” como matéria-prima no Vale dos Sinos. Para tanto, usou-se ensaios de toxicidade aguda com a Artemia salina. Os cistos de Artemia salina foram eclodidos em 500 mL de água do mar, o tempo de eclosão foi de 48h. O efluente tratado foi diluído utilizando-se 25, 50, 75 e 100% de efluente, em triplicatas. Foi utilizada água do mar para a diluição e como controle. Foram transferidos 200 µL de cada diluição para placas de Elisa, e em cada poço foram adicionadas 10 larvas de Artemia salina. As placas foram incubadas à temperatura de 20°C ± 2°C na presença de luz por 24 e 48 horas. Os resultados até o momento mostraram que a exposição ao efluente tratado não foi tóxica nas primeiras 24 horas nas diferentes concentrações testadas, exceto na de 100% onde houve uma mortalidade de 10%. Porém, em 48 horas as concentrações de 25%, 50%, 75% e 100% de efluente tratado foram observados a mortalidade 7%, 14,% 10% 24% respectivamente. No controle não ocorreram mortes. Os dados obtidos neste trabalho demonstraram que o efluente apresentou toxicidade em algumas concentrações, sendo necessários estudos avaliativos quanto ao tratamento físico-químico e biológico utilizado na estação de tratamento, a fim de obter melhores informações para explicar a toxicidade encontrada.