A mudança de hábito da população mundial, em especial os jovens, com relação à exposição ao sol tem desencadeado significativo aumento da incidência de câncer de pele. Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD, 2010) relatam que cerca de 70% dos brasileiros se expõem ao sol sem nenhuma proteção e que um indivíduo recebe 75% da radiação ultravioleta nos vinte primeiros anos de vida, o que torna imprescindível que medidas de fotoproteção sejam adotadas desde a primeira infância. Nesse cenário, o presente trabalho avaliou os hábitos de exposição ao sol e uso de fotoproteção em jovens estudantes do ensino médio, com idade entre 14 e 18 anos, de uma escola pública e uma escola privada, no período de agosto a setembro de 2012 em Porto Alegre, RS. Os dados foram coletados por meio de questionário estruturado, com perguntas abertas e fechadas, previamente testado, composto por variáveis demográficas, hábitos de exposição ao sol e hábitos de uso de fotoproteção. Os acadêmicos foram contatados em sala de aula após prévia autorização da instituição onde foram informados, pela pesquisadora, dos objetivos e dos procedimentos da pesquisa. Foram distribuídos 95 questionários (49 na instituição privada e 46 na instituição pública), porém 61 questionários foram excluídos, pois não foi assinado o termo de consentimento livre e esclarecido, seja pelo estudante ou pelos responsáveis no caso de estudante com idade inferior a 18 anos. Portanto, a amostra final foi de 34 indivíduos, dos quais 22 (64,7%) da instituição privada, e 12 (35,3%) da instituição pública. Verificou-se predominância do sexo feminino (70,6%), a maioria dos estudantes (58,8%,) com idade entre 14 e 15 anos e 73,5% declaravam-se brancos. Com relação ao horário de exposição ao sol, 55,9% se expõem entre 10 e 15 horas, e 73,1% dos indivíduos do sexo feminino e apenas 26,9% dos indivíduos do sexo masculino declararam fazer uso de fotoprotetor no dia-dia. Assim, considerando os hábitos de exposição ao sol bem como o uso de medidas de fotoproteção em jovens, torna-se necessário a adoção de medidas preventivas através de campanhas, conscientização das crianças e jovens a fim de proporcionar a eles um futuro mais saudável, minimizando os riscos de desenvolvimento do câncer de pele.