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Prevalência de doença renal crônica não dialítica em estudos de bases populacionais- Revisão de Literatura
Última alteração: 07-01-2014
Resumo
A doença renal crônica (DRC) consiste em lesão renal que leva a perda lenta, progressiva e irreversível da função renal, de forma que, em sua fase mais avançada, os rins não são mais capazes de manter o equilíbrio metabólico e hidroeletrolítico do paciente. Sendo assim, é hoje considerada um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. A alta mortalidade decorrente de DRC vem se tornando alvo de preocupação crescente entre profissionais da saúde. Muitas vezes é detectada tardiamente, pois é uma doença assintomática nos primeiros estágios, prejudicando assim seu diagnóstico e tratamento precoces. Esse estudo tem como objetivo abordar os aspectos epidemiológicos da doença renal crônica tendo como foco a sua prevalência nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Para a elaboração deste trabalho, foram utilizados dados publicados a partir de 2005 nas bibliotecas científicas MEDLINE, PUBMED e LILACS. Foi utilizada a combinação de diversas palavras-chave: doença renal crônica, disfunção renal, diminuição função renal, taxa de filtração e prevalência. Os critérios de inclusão dos artigos para o trabalho foram a data de publicação, a partir de 2005, estudos de base populacional que abordassem o tema prevalência de DRC e foram excluídos estudos com amostra menor do que 50 participantes. Utilizamos como definição de doença renal crônica TFG menor do que 60ml/min. Os resultados deste estudo foram extraídos de estudos em diferentes populações. A prevalência de doença renal crônica foi de 7,2% em pessoas com mais de 30 anos, entre pessoas com 64 anos ou mais a prevalência de DRC variou entre 23,4% e 35,8%. A prevalência mais elevada foi relatada a partir de um estudo de coorte entre pessoas de 45 anos ou mais de idade nos EUA (43,3%). A idade foi considerada um fator de risco isolado para insuficiência renal crônica em vários estudos independente da fórmula utilizada para estimativa da função renal. Quanto ao gênero, a prevalência de DRC nos EUA foi maior entre as mulheres (14,4% em homens e 16,2% nas mulheres, p = 0,09), independente da idade. Segundo a etnia, nos EUA a DRC foi mais prevalente entre indivíduos brancos (49,9% em um total de 11620 causasianos) do que não brancos (33,7% em um total de 8189 negros). Não foi possível incluir nesse estudo dados relacionados à prevalência de DRC no Brasil devido à falta de estudos representativos em pacientes com insuficiência renal crônica não dialítica. Portanto, a DRC é uma doença comum na população mundial, porém, no Brasil faltam dados epidemiológicos sobre DRC a fim de aprimorar estratégias para promoção de saúde em doença renal.
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