Última alteração: 07-01-2014
Resumo
Reparação ou regeneração de ossos é um problema clínico comum e complicado em cirurgias ortopédicas. Todos os anos, milhões de pessoas estão sofrendo de doença ósseas decorrentes de traumas, tumores, fraturas ósseas ou defeitos que, infelizmente, levam a muitas destas pessoas ao óbito devido à falta de um adequado substituto ósseo devolvendo a funcionalidade do tecido afetado. Os biomateriais sintéticos ou naturais têm sido desenvolvidos na área de biotecnologia e biomateriais e tem sido dada muita atenção ao utilizar a quitosana e seus derivados, em aplicações biomédicas, por exemplo, a formação de tecido em tratamento regenerativo. A compatibilidade com o tecido humano, biofuncionalidade e propriedade não antigênica faz a quitosana e seus derivados um material ideal para atuar na regeneração do tecido.
A quitosana é o segundo polissacarídeo mais abundante na natureza, depois da celulose. Dependendo da fonte de quitina e os métodos de hidrólise, a quitosana varia grandemente no seu peso molecular (Mw) e o grau de desacetilação (DD). Outro material ideal usado para aplicação médica é o fosfato de cálcio, o principal componente inorgânico em tecidos duros dos mamíferos e tem uma excelente biocompatibilidade, bioatividade e similaridade ao osso natural. Estes substratos ou suportes podem gerar grandes benefícios na área de medicina regenerativa:
1 - dar apoio permissivo para a migração e adesão celular e crescimento de novo tecido;
2 - como um veículo para a libertação controlada de fármacos que promovem o crescimento e sobrevivência de células durante a regeneração.
Para melhorar a aplicação da quitosana e seus derivados para a engenharia de tecido ósseo, os biocompósitos de microcristalina quitosana e fosfato de cálcio podem ser aplicados. O objetivo deste trabalho é a preparação e caracterização de microcristalina quitosana / ß-TCP/HAp formando um complexo em forma de esponja. Neste estudo é mostrado a estrutura e morfologia, tamanho de partículas, difração de Raios-X, interação química por FTIR para verificar a presença de grupos e características funcionais no HAp, ß-TCP e MCCH.