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ANÁLISE MORFOPOLÍNICA E AMPLIAÇÃO DO ACERVO (PALINOTECA) DA ULBRA: CONTRIBUIÇÃO PARA MAIOR CONHECIMENTO DO PÓLEN SUL-BRASILEIRO
Última alteração: 07-01-2014
Resumo
As inferências sobre vegetações pretéritas e demais estudos que utilizam grãos de pólen como indicativo da presença de floras somente é possível através da relação estabelecida entre a planta e seu pólen correspondente. Neste sentido, estudos de morfologia polínica são necessários para possibilitar a associação entre pólen-planta. Com o objetivo de ampliar o acervo de lâminas de referência (Palinoteca) do Laboratório de Palinologia da Ulbra, foram realizadas coletas botânicas no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. As plantas coletadas em saídas à campo foram exsicatadas e depositadas no Herbário do Museu de Ciências Naturais da Universidade Luterana do Brasil (MCN/HERULBRA). A partir das exsicatas foi retirado o material polínico de 50 espécies sendo parte deste material processado pela técnica usual em palinologia, montando-se cinco lâminas para cada espécie. Até o momento foram acrescentadas à Palinoteca 17 espécies e 85 lâminas. Foram contemplados 15 gêneros de 12 famílias: Alstroemeriaceae, Amaryllidaceae, Asteraceae, Boraginaceae, Euphorbiaceae, Fabaceae, Lentibulariaceae, Malvaceae, Myrtaceae, Oxalidaceae, Poaceae e Rubiaceae. As espécies estudadas apresentaram quatro tipos de ornamentações distintas: grãos de pólen com ornamentação microrreticulada (Chamaecrista nictitans, Chamaecrista repens, Danthonia sp., Heliotropium sp., Nothoscordum sp., Nothoscordum montevidense, Tridens brasiliensis, Utricularia sp.), reticulada (Alstroemeria sp., Borreria fastigiata, Habranthus sp., Oxalis sellowiana), equinada (Conyza pampeana, Hibiscus tiliaceus, Richardia grandiflora) e escabrada (Acalypha communis, Blepharocalyx picrocarpus). Foram observados nove padrões de aberturas onde se destacou como mais representativa a abertura do tipo tricolporada. Os padrões observados e descritos para cada espécie proporcionam maior detalhamento nas interpretações polínicas, ressaltando-se as variações de ornamentações e aberturas encontradas como principais indicativas para identificação da planta através de seu grão de pólen.
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