Tamanho da fonte: 

Danos causados pela exposição inadequada à radiação ultravioleta são cumulativos e podem acarretar alterações na pele, desde fotoenvelhecimento até câncer, e, estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia em 2010 verificou que cerca de 70% dos brasileiros, em especial adolescentes e jovens, expõem-se ao sol sem nenhuma proteção. Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA, 2012) apontam que, no Brasil, o câncer de pele não melanoma é o que possui maior incidência para ambos os sexos, sendo de baixa letalidade. Porém, quando diagnosticado tardiamente, pode causar lesões e ulcerações sérias, mas, se identificado precocemente, as chances de cura são elevadas. De acordo com a SBDas chances de desenvolvimento de doenças como câncer de pele são reduzidas em até 85%, se os cuidados na exposição ao sol forem adotados desde a infância e a base da prevenção ao câncer de pele inclui a adoção de medidas como a evitar horários inadequados de exposição ao sol e o uso constante de protetor solar, chapéus, óculos e roupas adequadas. Nesse contexto, o presente trabalho investigou o comportamento relativo aos hábitos de exposição ao sol e de fotoproteção em universitários em Teresina-PI. Estudo transversal com amostra representativa de 398 universitários. Em entrevista, foram coletadas característica demográficas, hábitos de exposição ao sol e de fotoproteção. Os dados foram analisados com o teste do qui-quadrado. Os resultados demonstraram que com relação aos hábitos de exposição ao sol, os universitários, nos dias da semana, 54,8% informaram expor-se ao sol <2h diárias e 65,0% nos finais de semana, sendo que as mulheres se expõem menos ao sol, nos finais de semana, do que os homens (qui: p:0,001). A maioria (66,8%) prefere horários de menor intensidade de radiação solar, antes das 10h e após às 15h. Fazem uso de filtro solar 45,2% entrevistados em seu dia-a-dia e 82,4%, em exposição voluntária ao sol, sendo que as mulheres fazem mais uso que os homens (qui: 41,18; p < 0,000). Filtros solares com fator de proteção entre 30 e 35 são os mais utilizados, tanto na exposição solar diária (51,1%) quanto na voluntária (51,8%) e indivíduos com mais de 25 anos tendem a utilizar fotoprotetores com fator de proteção mais alto (qui: 15,59;  p: 0,016). O uso de camisetas é outro recurso de fotoproteção mais utilizado (44,2%) e apenas 29,9% dos acadêmicos receberam alguma orientação profissional sobre fotoproteção.