Última alteração: 07-01-2014
Resumo
Atualmente, cada vez mais, equipes brasileiras participam de competições sul-americanas, onde jogar na altitude passou a ser usual, trazendo preocupação para os departamentos médicos, pois, além de provocar inúmeras alterações fisiológicas, pode interferir no desempenho dos atletas. Com isto, a monitoração e avaliação dos mesmos tornam-se fundamentais, sendo a saturação de oxigênio um ótimo parâmetro a ser acompanhado. Portanto, o objetivo do presente estudo foi verificar a influência da alta altitude nos níveis de saturação de oxigênio em atletas de futebol profissional. Para isso, 12 jogadores de futebol profissional (26,6±4,4 anos; 180,8±7,1 cm; 75,7±7,9 kg) foram monitorados em dois momentos durante uma partida realizada em alta altitude (3.600 metros). A primeira avaliação foi realizada no nível do mar 24 horas antes da partida e a segunda avaliação foi realizada imediatamente antes do jogo na altitude. O nível de saturação do oxigênio foi determinado utilizando oxímetro portátil (fingertip pulse) e os resultados analisados por estatística descritiva e comparados pelo teste T (p<0,05). Os resultados encontrados foram para a saturação de oxigênio na primeira avaliação (nível do mar) = 97,2±1,75% (Máx = 98% e Mín = 92%) e para a saturação de oxigênio na segunda avaliação (antes da partida em 3.600 m) = 90,5±2,47% (Máx = 96% e Mín = 87%). O estudo conclui mostrando diferença significativa entre a saturação de oxigênio medida no nível do mar comparada com as avaliações medidas na altitude (p=0,001) demonstrando, assim, que os clubes devem se preocupar com a saúde dos seus atletas quando em jogos em alta altitude.