Última alteração: 23-10-2012
Resumo
A cavidade torácica pode ser afetada por inúmeras lesões, como as incisões cirúrgicas, tumores, traumas e infecções. A substituição da parede torácica com adequada manutenção da estabilidade ventilatória é de fundamental importância para corrigir os defeitos.¹Este trabalho se propõe testar diferentes tipos de telas em substituição d parede torácica de ratos. O objetivo é estabelecer se há vantagem entre tela orgânica sobre a inorganica , relativo a aderências entre o pulmão e a tela. A pesquisa contou com 20 ratos, dos quais 10 receberam a tela orgânica e 10 a tela sintética . Após um período de 7 e 14 dias, analisamos de forma comparativa as reações de aderência no local onde as mesmas foram introduzida.Esta pesquisa foi realizada no Laboratório de Pesquisas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), aprovado pelo Comite de Ética e Pesquisa em Animais da UFRGS e pelo Colegiado do ICBS e do DCM.Vinte ratos machos, da raça Wistar, pesando entre 250 e 350 g, foram sbmetidos a uma toracotomia para a introdução da tela na parede costal, após ressecção de parte da parede costal. No grupo A, contendo os 10 primeiros ratos, foi utilizado uma tela orgânica; e no grupo B, contendo os últimos 10 ratos, a tela sintética. A tela foi presa com fio de nylon 0000.Os animais foram anestesiados com uma injeção intramuscular de Xilasina (0,1ml de solução 2% diluída em 0,2ml de solução fisiológica 0,9%) na dose 5mg/kg e uma injeção intramuscular de Ketamina (0,35ml de solução a 50mg/ml) na dose de 50mg/kg. Após a introdução da tela junto à parede costal, foi realizada a sutura fechando a camada muscular e a pele com fio Mononylon 4-0. Para todos os animais foi liberada dieta padronizada e água a vontade.No 30⁰ dia pós cirúrgico, os animais foram submetidos a eutanásia em câmeras de dióxido de carbono. Foi realizada incisão no local e análise da aderência ocorrida em cada um. Os critérios de aderência foram pré-estabelecidos de acord com protocolo.A aderência das telas de vinte animais foram analisadas. Nenhum animal foi perdido durante o estudo. Foram analisados quanto ao tipo de aderência ( grau 0: sem aderência, grau 1: aderências mínimas, grau 2: aderências moderadas e grau 3: aderências densas ).No grupo A com tela orgânica, os ratos 1, 2 e 4 foram encontrados aderência grau 1 (30%) , nos ratos 3, 6, 8 e 10, aderência grau 2 (40%), e nos ratos 5, 7 e 9 aderência grau 3 (30%). E no grupo B com tela sintética foram os seguintes resultados: os ratos 3, 8 e 10 aderência grau 1 (30%) , nos ratos 4,7 e 9 aderência grau 2 (30%), nos ratos 1 e 2 aderência grau 3 (20%) e nos ratos 5 e 6 foi observado granuloma (20%).Analisando de forma comparativa os resultados do estudo, podemos observar que o resultado foi relativamente significativo, visto que a tela orgânica (grupo A) foi melhor aceita pelos animais; pois ao contrário da tela sintética (grupo B), a tela orgânica não apresentou granulomas, em quanto o grupo B, apresentou em 20% dos ratos.