Última alteração: 23-10-2012
Resumo
Pneumonia Hospitalar é definida como aquela que ocorre 48 horas ou mais após a internação, que não estava, portanto, incubada no momento da admissão. É a segunda infecção hospitalar mais frequente, sendo a primeira dentro das unidades de terapia intensiva. M.F.A, 68 anos, internado por Infarto Agudo do Miocárdio no Hospital de Pronto Socorro de Canoas no dia 26/04/2012 sendo submetido a angioplastia, em decorrência do procedimento fez-se necessária a intubação, após o procedimento o paciente foi transferido para o leito onde no dia 03/05/2012 o paciente apresentou piora do estado geral com sintomas respiratórios, crepitantes em bases e frêmito toraco-vocal; a radiografia demonstrava extensa consolidação em pulmão direito, na ocasião foi transferido para o Hospital Universitário Ulbra Mãe de Deus para internação em Unidade de Terapia Intensiva. Como conduta, foi iniciado terapia antimicrobiana em 04/05/2012 com MEROPENEM+VANCOMICINA. O objetivo no manejo da pneumonia é o uso adequado de antibióticos, evitando o uso escalonado, reconhecendo a variabilidade bacteriológica, adaptado a cada instituição. Inicialmente, o tratamento empírico se baseia em dois tipos de pacientes: o primeiro, que não necessita da terapia de amplo espectro, por ter início precoce do quadro clínico e não ter risco para o desenvolvimento de patógenos multirresistentes e o segundo grupo, de período tardio de início da pneumonia, ou seja, após os quatro primeiros dias de internação ou mais. A monoterapia deverá ser utilizada em casos selecionados, uma vez que a terapia combinada é dispendiosa e expõe o paciente ao aumento de patógenos multirresistentes e a efeitos adversos. Logo, o tratamento empírico deve ser iniciado quando há forte suspeita de pneumonia indicada pela clínica, exames laboratoriais e radiografia de tórax, mesmo que ainda não estejam liberados os resultados laboratoriais de bacterioscopia e cultural. O tratamento inicial deve levar em conta a bacteriologia local, a toxicidade da droga, bem como a resistência à droga e condições clínicas do paciente.