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Mesmo dispondo de diversificadas fontes de energia, o crescimento econômico-tecnológico do Brasil obriga a constante ampliação da sua malha energética no intuito de suprir a demanda de energia requerida. A malha enérgica pode ser exemplificada como sendo uma rede, que utiliza linhas de transmissão e distribuição compartilhadas por várias e diversas fontes de energia disponíveis no território, interligando uma região à outra. Para esta conexão, a malha energética utiliza milhares de transformadores interconectando os estágios de geração, transmissão, subtransmissão e distribuição. Os transformadores são componentes elétricos obrigatórios para adequar os vários níveis de tensão elétrica dos diferentes estágios de uma malha energética. Essa adequação dos níveis de tensão realizada pelos transformadores na interligação de cada estágio minimiza as perdas na transmissão e distribuição de energia elétrica. Tendo em vista a importância fundamental dos transformadores na malha energética, obter informações sobre sua situação interna requer técnicas de medição eficazes e preferencialmente não invasivas, pois as intervenções invasivas podem por em risco tanto o equipamento quanto o interventor. Existem dois tipos básicos de transformadores: os secos e os imersos em óleo. O objetivo principal deste trabalho é obter informações sobre a situação interna dos transformadores em papel imersos em óleo, sem a necessidade de sua desmontagem, ou seja, através de uma técnica não invasiva. Essa situação interna representa o estado de envelhecimento do equipamento, ou seja, seu estado de isolação dos materiais isolantes internos. O estado da isolação de transformadores imersos em óleo é fator determinante para o seu funcionamento e de grande interesse para varias áreas do seguimento de fornecimento e consumo de energia elétrica. Para tanto foi desenvolvido um protótipo para medir a umidade liberada pelo papel através da polarização e relaxação do isolante do transformador com tensão em corrente contínua. No teste o circuito aplica tensão contínua a um circuito equivalente para polarizar o mesmo, simulando o circuito formado pelo papel isolante e os condutores das bobinas do transformador. O controle da variação do tempo de polarização e relaxação da tensão é controlada por um microprocessador que armazena os dados obtidos e os envia através de uma porta de comunicação serial para um computador que fornece o resultado obtido após a análise dos dados fornecidos. O mesmo circuito equivalente foi ensaiado em um RVM modelo-5462 para aferição das medidas obtidas. Desta forma é possível testar e obter relatórios sobre a situação de transformadores sem a desmontagem ou retirada de amostras de óleo para análise em laboratório.