A mudança de hábito da população mundial com relação à exposição ao sol tem desencadeado significativo aumento da incidência de câncer de pele. De fato, nas ultimas décadas, a valorização estética do bronzeado associada a um comportamento de risco, principalmente de jovens e adolescentes, que envolve exposição mais frequente à radiação ultravioleta natural ou artificial e uma maior tolerância a queimaduras solares graves tem contribuído para aumento da incidência do câncer de pele. Com o objetivo de delinear o comportamento relativo aos hábitos de exposição ao sol e uso de fotoproteção, bem como o conhecimento dos efeitos deletérios relacionados à exposição solar em universitários em Teresina (PI) realizou-se um estudo transversal, no período de agosto a novembro de 2011. Para a coleta dos dados, foram feitas entrevistas com 398 universitários dos diversos cursos da área das Ciências da Saúde, Humanas e Tecnológicas, utilizando questionário padronizado com informações relativas aos hábitos de exposição solar, fotoproteção e conhecimentos dos danos induzidos pela exposição solar. Os resultados mostraram que não houve diferença estatística quanto aos hábitos de exposição e uso de proteção solar entre as áreas de conhecimento e cor da pele, porém padrões distintos, principalmente de proteção solar, foram encontrados entre homens e mulheres e entre as faixas etárias dos estudantes. Tais dados contribuem para o aumento do conhecimento do comportamento do jovem com relação à fotoexposição e uso fotoproteção o que possibilita o desenvolvimento de estratégias de conscientização e medidas preventivas quanto a necessidade do uso de protetores solares, colaborando para a prevenção do câncer de pele.