Última alteração: 23-10-2012
Resumo
O suíno é reservatório para Salmonella spp, sendo as fezes e linfonodos as fontes de contaminação para carcaças em várias etapas do abate, citando-se a evisceração, toalete e a divisão da carcaça como os principais meios de introdução dos microorganismos. Salmonella spp são bactérias que provocam doenças em seres humanos, sendo fiscalizados os alimentos para serem isentos das mesmas. Microorganismos podem estar também presentes nas mãos dos trabalhadores no frigorífico, contaminando as carcaças. A pesquisa visou obter dados sobre o grau de contaminação de carcaças suínas em um frigorífico. Foi colhido material para exame bacteriológico de carcaças de suínos de diferentes lotes, periódicamente, durante os meses de março até novembro de 2012, de um frigorífico no Rio Grande do Sul. As colheitas foram feitas na fase final do abate, após as carcaças estarem prontas para consumo. Foram utilizados suabes estéreis para a obtenção das amostras da superfície das carcaças, no pernil, lombo e paleta. No laboratório foram realizados exames bacteriológicos para verificar a presença de Salmonella spp. Os isolados foram identificados através de provas bioquímicas e testes de aglutinação em lâmina com soro hiperimune. No total examinou-se 300 carcaças de suínos de 9 lotes. Entre as carcaças examinadas, 10 apresentaram cultivo de Salmonella spp (3,3%), de 5 diferentes lotes, portanto de diferentes propriedades. As amostras estão em processo de identificação a nível de espécie. Os achados evidenciam que pode haver contaminação de carcaças por bactérias que estejam presentes no intestino ou em linfonodos, mesmo após as diferentes etapas da matança, incluindo escalda, água clorada, higiene de equipamentos, em frigorífico de inspeção rigorosa.