Última alteração: 23-10-2012
Resumo
Este estudo teve o objetivo de investigar o conhecimento da equipe de enfermagem do Alojamento Conjunto e da UTI Neonatal quanto à fissura de lábio e/ou palato e aos cuidados com os bebês fissurados. E, mais especificamente, verificar os conhecimentos que a equipe tem referentes à alimentação dos bebês portadores de fissura de lábio e/ou palato e constatar se a mesma conhece locais de encaminhamento para tratamento pós-alta hospitalar. Foi um estudo quantitativo, transversal, descritivo, de grupo e contemporâneo. Nesta pesquisa foi aplicada uma entrevista em 33 enfermeiros e técnicos de enfermagem do alojamento conjunto e UTI neonatal de um hospital universitário. Realizou-se análise estatística descritiva dos dados obtidos, assim como análise teórica. Dos 33 profissionais entrevistados, 30 (90,9%) afirmaram que bebês portadores de fissura de lábio e/ou palato têm dificuldade de alimentação. Doze (36,4%) profissionais disseram que bebês com fissura não podem ser amamentados no seio materno e apenas 7 (21,2%) relacionaram a amamentação no seio materno com o tipo de fissura, 22 (66,7%) entrevistados afirmaram que, no caso de impossibilidade de amamentação, a alimentação deve ser por meio de uso de sonda. Apenas 10 (30,3%) entrevistados citaram locais para tratamento de pacientes fissurados. A partir da análise dos resultados desta pesquisa, pode-se concluir que, embora os profissionais da enfermagem do alojamento conjunto e da UTI neonatal tenham conhecimento básico sobre as fissuras de lábio e/ou palato em geral, ele é insuficiente na área de manejo da alimentação em bebês portadores desta afecção e que não conhecem locais de encaminhamento para tratamento pós-alta hospitalar.