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INFECÇÕES URINÁRIAS EM PEQUENOS ANIMAIS: ANÁLISE DE VIABILIDADE DOS MICRORGANISMOS EM FUNÇÃO DO TEMPO ENTRE A COLHEITA DA AMOSTRA E O PROCESSAMENTO LABORATORIAL
Última alteração: 23-10-2012
Resumo
Infecções urinárias em cães e/ou gatos têm sido patologias muito frequentemente diagnosticadas nas atividades de rotina na clínica e bacteriologia do Hospital Veterinário da ULBRA. O presente projeto teve como objetivo contribuir para o conhecimento sobre a ocorrência das infecções urinárias e o tempo de viabilidade dos agentes etiológicos desde a coleta até o processamento laboratorial, orientando os Médicos Veterinários a uma correta coleta e armazenamento da amostra de urina. Foram acompanhados os casos de infecção urinária ocorridos em cães e gatos clientes do Hospital Veterinário da ULBRA em Canoas, RS, realizando-se o diagnóstico bacteriológico e acompanhando a viabilidade dos microrganismos em diferentes tempos de inoculação da amostra. As amostras de urina colhidas por cistocentese recebidas no laboratório foram inoculadas em placas de Ágar sangue, Ágar Mac Conkey e caldo BHI e incubadas a 37° C por 24 horas. Após foi realizada a identificação bacteriana através da visualização em placa (coloração, formato e odor das colônias) e morfologia microscópica (coloração de GRAM). A primeira inoculação foi realizada até 30 minutos depois da colheita da amostra de urina e verificado o pH urinário com o auxílio de tira reagente, sendo as amostras de urina foram armazenadas em geladeira. Passando-se 24 horas da primeira inoculação, a amostra foi novamente inoculada, e assim sucessivamente, após 48 horas e após 72 horas da primeira inoculação. Em todas as inoculações, os meios utilizados foram os mesmos citados anteriormente e após a última inoculação o pH urinário foi verificado. Até o momento foram analisadas 47 amostras de urina. Em 19 amostras foram isoladas bactérias e em 28 não houve crescimento bacteriano. As bactérias mais frequentemente isoladas foram Staphylococcus sp., seguida por E. coli e Enterococcus sp. Entre as 47 amostras analisadas nos diferentes tempos de inoculação, somente uma não apresentou crescimento bacteriano na primeira inoculação, obtendo-se cultivo a partir da segunda inoculação, as demais amostras tiverem ou não crescimento bacteriano nos quatro diferentes tempos de inoculação. Houve alteração do pH da urina em 6 amostras de urina, entre o primeiro e o último exame.