Última alteração: 26-10-2023
Resumo
O Dia Mundial da Conscientização do Autismo é celebrado em 2 de abril, mas, durante todo esse mês, o chamado Abril Azul, campanhas publicitárias chamam a atenção de toda a sociedade sobre o autismo. A cor azul, dentro dessa mobilização, foi escolhida, simbolicamente, para representar o TEA, pois, de acordo com dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, a cada três meninos, apenas uma menina é diagnosticada com autismo. Esse dado, entretanto, tenderá a mudar uma vez que se tem diagnosticado inúmeras mulheres com transtorno do espectro autismo conforme observado em relatos pessoais em diferentes plataformas nas redes sociais. Foi a partir dessa constatação então que surgiu a oportunidade de se pesquisar sobre o diagnóstico tardio de mulheres com TEA a partir da análise de perfis do Instagram. Para isso, primeiramente, fez-se necessário realizar uma pesquisa bibliográfica para melhor compreender as questões referentes ao tema e para conhecer o que já foi pesquisado e publicado nessa área. Para tanto, foi realizada uma pesquisa bibliográfica utilizando-se publicações da Plataforma Sucupira a partir de entradas com as seguintes palavras-chave nas áreas de Educação e Psicologia respectivamente: redes sociais, mulheres, Instagram, mães influencer, autismo, mães neuroatípicas. Na pesquisa, encontrou-se 14 periódicos na área da Educação, com recorte temporal de 2017 a 2023 e 11 na área de Psicologia, com recorte de 2020 a 2023. Como resultado da busca, foram encontrados 627 artigos com a entrada “mulheres”, refinando a busca, encontrou-se 3 com mulheres com deficiência. Com a entrada “autismo” foram encontrados 59 artigos e 3 com “Instagram”, porém sem referência direta à temática da pesquisa. Entretanto foram encontrados 10 artigos na área da Educação e 3 na área de Psicologia com pesquisas que se aproximam da temática da pesquisadora, mas nenhuma pesquisa realizada com enfoque temático diretamente relacionada à pesquisa. Constatou-se, enfim, uma grande lacuna existente no que se refere à pesquisa sobre diagnóstico tardio de adultos/mulheres com deficiência, principalmente com TEA. Com esse estudo, portanto, é possível lançar luz sobre as narrativas dessas mulheres, sobre as identidades construídas a partir de seus relatos pessoais e as representações manifestadas nos comentários dos seguidores.
Palavras-chave: Artefato cultural; redes sociais; Instagram; autismo; mães neuroatípicas.