Esta pesquisa tem como objetivo apresentar uma análise sobre a representação de Jovens Autista nas mídias sociais, especificamente as narrativas de um Podcast feito por autistas, que discutem suas próprias vivências em torno no Transtorno do Espectro Autista (TEA). Os jovens autistas abordam representações, contestam, problematizam estereótipos e debatem as formas de nomeação e naturalização de certas características produzidas em contextos históricos e culturais específicos. Para esse estudo foi realizado um levantamento histórico sobre os primeiros estudos do Transtorno do Espectro Autista (TEA) para compreender os conceitos atuais. A análise dos dados foi embasada em referenciais teóricos dos Estudos Culturais (EC), bem como diversas publicações que abordam o autismo, o movimento da neurodiversidade e a luta por direitos e o reconhecimento de Pessoas com Deficiência (PCD). Muito embora, o autismo tenha sido um tópico amplamente discutido na atualidade, ainda existe uma escassez significativa de literatura que aborda a representatividade dos autistas em relação à sua própria identidade. Muitas vezes, as discussões se concentram principalmente em métodos de tratamento e intervenção, deixando de lado a importante perspectiva da experiência e da voz dos próprios autistas. É de suma importância ampliar o foco das discussões para abranger a diversidade de perspectivas e vivências dos autistas, garantindo que sua representatividade tenha mais visibilidade. A partir da análise, foi possível perceber a importância da busca pela efetivação dos direitos das pessoas autistas. A representatividade de Jovens Autistas vem ganhando força com o movimento da neurodiversidade e a busca pelo reconhecimento dos autistas como neurodivergentes. A representação de Jovens Autistas nas mídias sociais, especialmente por meio de um Podcast feito por eles mesmos, tem sido uma forma importante de contestar as representações tradicionais, problematizar estereótipos e promover a conscientização sobre as questões relacionadas ao autismo e a neurodiversidade, bem como desconstruir estereótipos historicamente impostos pela sociedade.

Palavras chaves: Estudos Culturais; Representação; Transtorno do Espectro Autista (TEA); Jovens Autistas; Neurodiversidade.