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MORTALIDADE POR HIV NO ESTADO DO PIAUÍ, BRASIL: TENDÊNCIA TEMPORAL
Última alteração: 04-11-2023
Resumo
A Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS) causada pelo vírus HIV tem se expandido em território brasileiro e no mundo. Os dados foram brasileiros notificados no SINAN evidenciam a necessidade da população e os acometidos por esta doença de terem consciência sobre as medidas de combate ao vírus e políticas públicas que auxiliam no monitoramento e redução deste agravo. A partir deste cenário este trabalho teve por objetivo analisar a tendência temporal da mortalidade por HIV no estado do Piauí, Brasil no período de 2012 a 2021. Trata-se de um estudo ecológico, retrospectivo e quantitativo, que utilizou dados secundários do SINAN/DATASUS. Avaliou óbitos por residência, sexo, faixa etária, tempo de estudo, raça e estado civil e calculou a taxa de mortalidade por 100 mil habitantes. Não foi necessário a submissão ao Comitê de Ética. Os resultados apontam que entre 30 e 49 anos, a mortalidade foi predominante (60,6%) no sexo feminino. Analisando-se separadamente, o sexo masculino foi predominante entre 40 e 49 anos e a feminina entre 30 e 39 anos. A raça parda foi a que apresentou maior mortalidade para ambos os sexos (M=67,1%; F=64,2%). O tempo de estudo de 1 a 7 anos foi predominante para o sexo feminino (49%) e o masculino (45%). A mortalidade relacionada ao estado civil dos acometidos foi evidenciada em sua maioria nos solteiros (52,6% dos homens e 45,1% das mulheres). Observando-se a população de Piauí acometida por HIV na série histórica foi possível observar que a taxa de mortalidade média foi de 4,0/100 mil hab. Comparando-se a população por sexo verificou-se que a masculina apresentou taxa de mortalidade média de 5,8/100 mil hab. e a feminina com 2,3/100 mil hab. Com este estudo foi possível averiguar que, em um período de 10 anos, a doença continua causando óbitos com registro de aumento da taxa de mortalidade em 2019 e 2020.