Última alteração: 28-10-2023
Resumo
Embora existam várias técnicas de fixação interna rígida em osteotomia sagital de mandíbula, não há consenso, na literatura, sobre qual é a mais infalível. Em todas as situações, a estabilidade dos fragmentos ósseos é fundamental para o sucesso clínico. A técnica de elementos finitos tem demonstrado eficácia preditiva na análise do comportamento mecânico da fixação mas, a modelagem numérica utilizada nesses estudos geralmente considera a região do côndilo como fixa. Por esse motivo, objetivou-se criar um modelo numérico para análise de fixação interna rígida de mandíbula pelo método dos elementos finitos incluindo as estruturas da articulação temporomandibular, estabelecendo a fixação na cavidade glenóide, comparando-a com o modelo de fixação no côndilo. Considerou-se como método de fixação interna rígida o uso paralelo de duas microplacas retas 1.5 com quatro parafusos monocorticais em osteotomia sagital de mandíbula modificada por Wolford com avanço de 5 milímetros . Foram analisadas as forças musculares utilizando o vetor força e elementos de mola, deslocamentos entre os segmentos ósseos e a distribuição de tensão nas placas. Este trabalho foi aprovado pelo CEP-ULBRA, através do parecer 3.770.391/2019. Comparativamente, as menores tensões nas placas e nos segmentos ósseos foram encontradas no modelo desenhado com articulação têmporo-mandibular. Conclui-se, também, que a modelagem utilizando molas conduz a resultados mais realísticos clinicamente do que a modelagem com força muscular.
Palavras-chave: análise de elementos finitos; processos mecânicos; osteotomia sagital do ramo mandibular; fixação interna de fraturas;