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ANCESTRALIDADE COMO RESISTÊNCIA AO CAPITALOCENO: PERSPECTIVAS PARA UMA EDUCAÇÃO CRÍTICA
Sonielson Luciano de Sousa

Última alteração: 27-10-2023

Resumo


O termo Capitaloceno, que é uma novidade nos estudos culturais, nas ciências humanas e sociais, assim como nas teorias da Educação, sintetiza o cenário global que teve como ponto de partida os testes nucleares realizados em meados do século passado. Em contraste com o Antropoceno, que se espalhou de forma mais sistematizada no contexto acadêmico e midiático, o Capitaloceno aponta a crise ambiental como uma consequência das práticas capitalistas de exploração e acumulação, que expropriam recursos naturais e perpetuam desigualdades. Desta forma, através de uma pesquisa bibliográfica de teor qualitativo, o objetivo é apresentar uma exploração aprofundada e reflexiva do Capitaloceno com base na análise crítica de fontes de literatura existentes. Além disso, outro objetivo é analisar o papel de pensadores como Ailton Krenak, Davi Kopenawa, Nêgo Bispo, Eliane Potiguara e Munduruku, dentre outros, na crítica – por vezes direta, por vezes sutil – ao modelo capitalista que impregnou os currículos escolares. Como resultado, alguns destes autores enfatizam a importância de se estabelecer uma relação harmoniosa com a natureza e incentivar a valorização dos saberes ancestrais, no que se convencionou chamar de “futuro ancestral”, inclusive com a possibilidade de tornar estas epistemologias obrigatórias nos currículos escolares. No contexto da Educação, é crucial valorizar as epistemologias do Sul Global e rejeitar a necropolítica, que sacrifica vidas em nome do poder e do progresso infinito. Por fim, ao defender a introdução desses conceitos em sala de aula, espera-se não apenas disseminar conhecimento, mas cultivar nos estudantes uma consciência crítica, capaz de desafiar narrativas dominantes e trabalhar por um mundo mais inclusivo e sustentável.

Palavras-Chave: Capitaloceno, Educação, Sustentabilidade, Futuro Ancestral


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