Investigar a relação entre a taxa média de saturação de oxigênio pulpar (SOP) e a dose de radiação total recebida em dentes permanentes de pacientes submetidos a radioterapia na região de cabeça e/ou pescoço. Participaram do estudo pacientes com diagnóstico de câncer primário na região de cabeça e pescoço e sob tratamento radioterápico recrutados no serviço de oncologia de um hospital da região sul do Brasil. Os participantes selecionados, conforme critérios de elegibilidade e após assinatura do TCLE, foram avaliados para coleta de dados demográficos, comportamentais e clínicos, como idade, sexo, e quanto aos hábitos se eram tabagistas e/ou etilistas, frequência de higiene bucal, comorbidades e também características sobre o tipo de CA e em relação ao tratamento que estavam sendo submetidos, com ênfase na investigação quanto a modalidade dose e frequência da radioterapia. Em seguida foram realizados os testes de vitalidade pulpar, sendo realizado teste de sensibilidade pulpar e a aferição da SOP. Dos pacientes avaliados, 60% eram do sexo masculino e a média de idade dos participantes foi de 52 anos. Foram testados 113 dentes para aferição da taxa de SOP com um aparelho de oxímetro neonatal adaptado. As taxas de oxigênio pulpar mais baixas encontradas foram nos dentes dos pacientes que já haviam recebido a dose máxima de 70Gy de RT, alcançando marcas de 42% OP nos incisivos laterais, 45% nos centrais e 51% nos caninos. Com isso, podemos constatar que quanto maior a dose de RT, menor foi a taxa de SpO2 mensurada, independente do grupo de dentes.

Palavras-chave: Oximetria; teste da polpa dentária; radioterapia; fracionamento da dose de radioterapia.