A esplenectomia consiste na retirada total ou parcial do baço. As principais indicações para esplenectomia total em cães são neoplasias esplênicas, torções esplênicas, traumas graves, distúrbios hematológicos imunomediados e lesões esplênicas, a esplenectomia total é utilizada como último recurso uma vez que, em sendo possível, deve-se preservar parte do baço. Uma anestesia balanceada é caracterizada pela associação de múltiplos fármacos a fim de obter inconsciência, analgesia e relaxamento muscular, além de reduzir seus efeitos adversos. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de anestesia de cadela geriatra, com 14 anos de idade, sem raça definida, para esplenectomia total. Realizada a medicação pré-anestésica com metadona (0,1 mg/kg IM). Estabilização de dois acessos venosos periféricos: um para fluidoterapia e infusão de drogas e o outro para transfusão sanguínea. A indução seguiu-se com pré-oxigenação, propofol (3 mg/kg), lidocaína (1 mg/kg) e cetamina (1 mg/kg) e intubação orotraqueal. A manutenção consistiu em anestesia inalatória com isoflurano, infusão de lidocaína (1 mg/kg/h) e cetamina (0,6 mg/kg/h) para analgesia, fluidoterapia com Ringer Lactato (1 ml/kg/h) e uma dose de ataque de ácido tranexâmico (50 mg/kg) como tratamento antifibrinolítico. A monitorização da paciente se deu por observação de reflexo palpebral, rotação ou centralização do globo ocular e monitor multiparamétrico com os seguintes parâmetros: eletrocardiograma (ECG), frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (FR), temperatura, pressão arterial sistólica (PAS) e saturação de oxigênio (%). O procedimento durou em torno de 3 horas para ser concluído e a paciente se manteve estável. O conjunto de exames em adição à clínica contribuiu para a escolha do melhor protocolo anestésico e seu preparo como a aquisição de bolsa de sangue, elevando a segurança do procedimento cirúrgico especialmente em pacientes geriátricos.