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PRÁTICAS DE HIGIENE BUCAL NO PRIMEIRO ANO DE VIDA: ESTUDO DE COORTE MULTICÊNTRICO NO BRASIL
ALEXIA FREITAS DE OLIVEIRA, SRA AVELINE MANTELLI, SRA ELISA COELHO, SR PAULO KRAMER, SRA MARCIA VITOLO, SR CARLOS ALBERTO FELDENS

Última alteração: 31-10-2023

Resumo


Escovar os dentes com dentifrício fluoretado desde a erupção do primeiro dente representa uma prática importante na prevenção e controle da doença cárie. O objetivo do presente estudo foi estimar a prevalência de práticas de higiene bucal e investigar fatores associados em crianças de 12 meses em três capitais do Brasil. Uma coorte de crianças ao nascimento, captada em Hospitais de três capitais do Brasil – Manaus, Salvador e Porto Alegre – foi acompanhada prospectivamente até os 12 meses (n=281). Os instrumentos de pesquisa foram entrevista com as mães ao nascimento e aos 12 meses de idade e exame odontológico aos 12 meses. Análise estatística compreendeu regressão de Poisson com variância robusta. A prevalência de práticas de higiene bucal aos 12 meses foi de 54,4% (153/281), sendo mais frequente em crianças de mães com maior escolaridade materna e maior número de dentes erupcionados. Análise multivariável mostrou que o risco da criança não ter os dentes escovados foi 80% maior quando a escolaridade materna era de até 8 anos (RR 1,80 IC95% 1,05-3,09), 38% maior em famílias não nucleares (RR 1,38 IC95% 1,03-1,85) e 37% menor em crianças com pelo menos 8 dentes erupcionados (RR 0,63 IC95% 0,45-0,89). Variáveis demográficas, práticas alimentares e frequência à creche não estiveram associados ao desfecho. Concluiu-se que a prevalência de higiene bucal é baixa aos 12 meses de idade, com quase metade das crianças não tendo seus dentes escovados. Maior escolaridade materna e família nuclear são fatores de proteção para práticas de higiene.

 

Palavras chave: higiene bucal; cárie dentária; coorte de nascimento.


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