Introdução: É crescente o uso de alinhadores ortodônticos na rotina clínica. Apesar da ampla utilização desses materiais, existem reservas, sendo a investigação da citotoxicidade dos mesmos particularmente importante para a obtenção de informações sobre o seu potencial tóxico e/ou irritante aos tecidos da cavidade bucal. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a citotoxicidade "in vitro" dos alinhadores ortodônticos, comparando diferentes composições e tempos de exposição. Metodologia: A amostra foi composta por 100 alinhadores ortodônticos de 5 diferentes lotes das marcas Clear Aligner® (copoliéster de polietilenoentereftalato-glicol - PET-G) e Invisalign® (poliuretano termoplático - PU). Grupo controle negativo - C(-) e grupo controle positivo - C(+) foram utilizados, respectivamente, para avaliar a citotoxicidade celular na ausência de exposição e quando expostas a uma solução aquosa de Hipoclorito de sódio a 1%. A citotoxicidade foi analisada a partir da viabilidade celular através do teste colorimétrico de Metiltetrazolium (MTT assay) e espectrofotometria no leitor universal de ELISA (Bio-Rad Laboratories, Inc, Califórnia, CA, USA), nos tempos de 24h, 48h, 72h, 7 e 14 dias. Os dados foram analisados utilizando os testes estatísticos de ANOVA, para comparação entre os grupos, e não-paramétrico de Friedman, para a comparação entre os tempos, ambos com p<0,05. Resultados: A viabilidade celular entre os grupos PET-G - Clear Alignerâ e PU - Invisalignâ foi diferente quando comparados ao grupo controle C (-) em todos os tempos avaliados (p£0,05). A viabilidade celular para cada grupo foi também diferente entre os tempos (p£0,05). Conclusão: Os alinhadores ortodônticos, independente da sua composição, reduziram a viabilidade celular dos fibroblastos até 72h. Após esse período, apenas os alinhadores da Invisalign® mantiveram esse comportamento, atingindo o pico de toxicidade aos 7 dias. Palavras-chave: alinhadores, ortodontia, citotoxicidade, polímeros termoplásticos, aparelhos ortodonticos removíveis.