Portal de Eventos da ULBRA., XXII FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE METODOLOGIA ANALÍTICA POR RMN-1H PARA A DETERMINAÇÃO DO TEOR DE ETANOL EM CERVEJAS
Júlia Lutz Pedroso, Samuel José Santos, Luiz Antonio Mazzini Fontoura

Última alteração: 30-11-2022

Resumo


O teor alcoólico da cerveja depende da sua categoria, mas, em geral, encontra-se no intervalo de 4,5% a 6,0 %. Tradicionalmente, a concentração do etanol é determinada estimando-se a massa específica de uma amostra destilada. Ainda que o método seja simples e não requeira equipamentos sofisticados ou caros, a destilação da cerveja consome tempo e pode levar a modificações na composição original da bebida. A Ressonância Magnética Nuclear, embora o equipamento e sua manutenção sejam caros, se disponível, é uma técnica rápida, permite a aquisição de diversas informações simultâneas, consome quantidade mínima de amostra e gera pouco ou nenhum resíduo.Neste trabalho, métodos de determinação do teor de etanol em cervejas por RMN de hidrogênio empregando calibrações por padronização externa e superposição de matriz foram desenvolvidos. A comparação dos métodos tem por objetivo avaliar o efeito de interferentes da matriz em análise sobre o resultado. Para a análise, a amostra foi desgaseificada em banho de ultrassom por 20 min. No primeiro caso, soluções de trabalho contendo etanol em água foram preparadas com concentrações no intervalo de 0,2 a 1,0 %. No segundo, a matriz isenta, isto é, cerveja 0,0 %, foi usada como solvente. Os espectros foram adquiridos em um espectrômetro Varian Oxford 400 MHz nas seguintes condições: 20 oC,32 scans, pulso de 5 s, largura espectral de 4 a -6 ppm, delay de 2 s e lock com capilar de CDCl3 (0,1 % de TMS). A integral do tripleto em d 1,3 foi calibrada pela integral do simpleto do TMS em d 0,0 para a qual foi arbitrado o valor 100. A análise da amostra foi realizada com dez replicatas. O método da padronização interna estimou o teor de etanol na amostra em 4,7 ± 0,1 %. Na superposição de matriz, 4,9 ± 0,2 %. Os testes de Fischer e de Student indicam não haver diferenças significativas nas variâncias nem nas médias. Com isso, conclui-se não haver interferência da matriz na determinação do analito.


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