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A endocardite infecciosa é uma das causas de formação de trombos levando à formação de êmbolos em cães e gatos. O trabalho tem como objetivo descrever as alterações ultrassonográficas em rins, baço, compatíveis com consequência da disseminação de êmbolos sépticos. Foi atendido no Hospital Veterinário da ULBRA um canino, fêmea, 7 anos de idade, sem raça definida. O paciente apresentava quadro de algia abdominal, prostração, inapetência, febre e histórico de procedimento cirúrgico há aproximadamente 60 dias em outro serviço veterinário. O canino foi encaminhado para a ultrassonografia abdominal total, a qual revelou as alterações renais perda de definição corticomedular, contornos irregulares, áreas hiperecogênicas avasculares em formato de cunha em córtex renal, sugestivas de infartos renais, além de múltiplas áreas hipoecogênicas com contorno hipoecogênico e avasculares ao modo Doppler, sugestivas de microabscessos renais. Foi observado no baço uma área arredondada, hipoecogênica, medindo aproximadamente 3,19 cm x 1,63, em polo caudal, não vascularizada ao modo Doppler, a qual era sugestiva de abscesso esplênico ou área de infarto. O paciente foi submetido à esplenectomia, a qual confirmou a suspeita de áreas de abscesso e infartos esplênicos. O quadro evoluiu para o óbito, sendo confirmadas as alterações em baço, rins e observada área de endocardite em mitral no exame anatomo-patólogico post-mortem. A endocardite infecciosa é uma condição de diagnóstico difícil devido a sinais clínicos inespecíficos, sendo a ultrassonografia abdominal e a ecocardiografia exames complementares que podem auxiliar no diagnóstico. Palavras-chave: ultrassonografia; infarto; abscesso; diagnóstico por imagem.