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COVID-19 é uma doença respiratória causada pelo vírus SARS-CoV-2, declarada em março de 2020 pela OMS, como uma pandemia. A rápida disseminação do vírus impactou negativamente a saúde profissional, financeira e psicossocial dos profissionais da saúde. O objetivo desse trabalho foi compreender a autopercepção de valorização profissional, analisar o impacto da pandemia nas relações familiares, e avaliar quais as estratégias para preservar a saúde mental no trabalho. O estudo foi realizado com profissionais da saúde que atuaram no enfrentamento à pandemia, entre eles enfermeiros (n=03) e técnicos em enfermagem (n=07). Foi aplicado questionário com perguntas abertas, após a aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da Ulbra Canoas, RS, sob parecer número 5.434.482, as quais foram gravadas e transcritas. Participaram da pesquisa sete mulheres e três homens. A faixa etária variou de 31 a 55 anos. A maioria não tinha conhecimento sobre estratégias para preservar a saúde mental no trabalho, bem como citaram a importância de ter acompanhamento psicológico disponível. Somente uma profissional referiu acompanhar com psiquiatra, e outros 4 referiram que no passado já precisaram realizar acompanhamento. 5 dos entrevistados consideraram que seria importante acompanhamento psicológico, atual. A maior parte dos entrevistados referiu apresentar boas relações familiares, e preocupação em contaminar os familiares. Com relação à valorização, as respostas variaram entre valorização, ou não de equipe, remuneração, gestores, e população. Com os resultados foi possível compreender as repercussões da pandemia nas relações familiares e atuação profissional. Os mesmos foram paradoxais, marcados por aspectos negativos e positivos. Sugere-se pesquisas pós-pandemia para aprofundar repercussões no contexto familiar e profissional, acrescentar dados, divulgar resultados e planejar estratégias de apoio aos trabalhadores, inclusive suporte emocional.