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INSUFICIÊNCIA PANCREÁTICA EXÓCRINA EM CÃES:RELATO DE CASO
Anna Carolina Marques, Maria Eduarda Papp, Mariana Almeida, Cheron Echevenguá, Mariangela Allgayer

Última alteração: 01-12-2022

Resumo


A insuficiência pancreática exócrina (IPE) em cães é uma síndrome causada pela insuficiência da síntese e secreção das enzimas digestivas pancreáticas. Na IPE, as células não produzem Tripsinogênio-TLI assim, valores abaixo do valor de referência são sugestivos dessa síndrome. Há hipóteses de que a IPE seja uma doença de herança autossômica, com uma prevalência maior em cães da raça Pastor Alemão e Collie, podendo se manifestar também em qualquer canino. O objetivo do resumo é relatar o caso de um canino com IPE. Foi atendido no Hospital Veterinário da ULBRA um canino macho, 1 ano de idade, Collie, 19,4kg, com histórico de emagrecimento progressivo há meses, apetite depravado, fezes diarreicas, amareladas, volumosas e com alimentos mal digeridos há meses. Ao exame clínico animal, o animal apresentava escore de condição corporal (ECC) 2 (escala 1-5), demais parâmetros estáveis. Os exames complementares, ultrassom, hemograma, albumina, avaliação hepática e renal e exame parasitológico de fezes (EPF) sem alteração. A dosagem sérica da enzima Tripsina Imunoreativa -TLI canina demonstrou um resultado abaixo dos valores de referência. Com os resultados dos exames complementares, conjuntamente com a anamnese e o exame clínico, concluiu-se o diagnóstico de IPE. O tratamento instituído foi a suplementação de pancreatina (Creon ® 25.000) 2 vezes ao dia junto com as refeições, ração gastro-intestinal e probiótico. Após 1 mês do tratamento o animal apresentou ganho de peso, estando com 23,7kg, diminuição dos episódios diarreicos e do apetite depravado. A IPE deve ser considerada um dos diagnósticos diferenciais para animais com histórico de emagrecimento progressivo, diarreia e apetite depravado.

Palavras-chave: insuficiência pancreática exócrina; canino; emagrecimento; diagnóstico diferencial; Tripsinogênio-TLI.


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