RESUMO: A inserção supracrestal (IS) é   conceituada   como   a   distância compreendida entre a base do sulco histológico e a crista óssea alveolar. Essa distância compreende   a   inserção conjuntiva e   o   epitélio   juncional. De acordo com Gargiulo, a média do espaço biológico encontrado foi de 2,73mm, sendo 0,69mm de sulco gengival, 0,97mm de epitélio juncional e 1,07mm de inserção conjuntiva. Atualmente, essa distância pode variar de acordo com o fenótipo gengival do indivíduo. A invasão da IS pode acarretar no desequilíbrio fisiológico do periodonto. Lesões de   cárie, procedimentos   restauradores   e   protéticos, fraturas, perfurações cervicais   e   reabsorções   externas  radiculares   cervicais, quando localizados subgengivalmente, estão entre as principais causas de invasão da inserção supracrestal.   O   padrão-ouro   de   aferição   é   a   sondagem transcirúrgica, porém   a   sondagem   transperiodontal   tem demonstrado acurácia relevante para o diagnóstico da mesma.   Os   odontólogos   podem   lançar   mão   de   técnicas radiográficas   interproximais para   análise   da   crista   óssea proximal, sobrecontorno de restaurações e extensões de cáries e fraturas. O tratamento anteriormente preconizado era o aumento de coroa clínica, com posterior tratamento restaurador/protético. Atualmente, tem-se discutido essa forma de tratamento e sugerido restaurações transcirúrgicas, pois são mais conservadoras e resolutivas quando indicadas de maneira correta. Os materiais restauradores devem apresentar boas propriedades adesivas e   proporcionar uma   superfície   lisa   e   polida, permitindo   um   bom   controle   de   placa supragengival   pelo   paciente, reduzindo os fatores que possam interferir na estabilidade óssea ao longo do tempo. Portanto, o objetivo deste trabalho   é   abordar e revisar a literatura acerca   de restauração   transcirúrgica com invasão da inserção supraóssea, assim como descrever a sua técnica, possibilitando essa forma de tratamento, na prática clínica do Curso de Odontologia da Universidade Luterana do Brasil.

Palavras-chaves: Espaço biológico; Restauração transcirúrgica; Resina.