Última alteração: 06-12-2022
Resumo
A olivicultura no Rio Grande do Sul vem se expandindo nos últimos anos, e há poucas informações sobre doenças que ocorrem em oliveiras no Rio Grande do Sul. Nesse sentido, um estudo para diagnóstico de fungos causadores de manchas foliares detectou a presença de Alternaria nas amostras analisadas. Os isolados de A. alternata foram obtidos a partir de folhas e frutos oliveira de diferentes locais no Rio Grande do Sul e testados quanto à sua variabilidade em termos de variação morfológica, cultural (em meio BDA e CA) e patológica. Foram testados três extratos vegetais, sendo dois foliares de Moringa e Noni em diferentes concentrações (0, 5, 10 e 15%) e um extrato de semente de Noni em 1,5%, além de oito espécies de Bacillus na inibição micelial. Os testes de patogenicidade em folhas consistiram na aspersão de uma suspensão de esporos na concentração 1x104 esporos mL-1 nas mesmas, enquanto nos frutos foi inoculado 5 µL em cada, na mesma concentração das folhas. Através de análise estatística Scott & Knott inferiu-se que o meio de Cenoura-Ágar estimulou um maior desenvolvimento micelial. As folhas do teste de patogenicidade não apresentaram sintomas, enquanto nos frutos, a cultivar arbequina desenvolveu sintomas de Alternaria a partir do isolado 10SGF1. Os bacillus TCR1 e KC1 obtiveram sucesso na inibição micelial dos isolados, a partir da análise estatística. Os extratos foliares de maneira geral não inibiram o crescimento micelial, enquanto o extrato de semente inibiu o crescimento micelial. É importante dar continuidade a este estudo, para auxiliar no controle da doença.
Palavras-chave: Alternaria; Oliveira; Patogenicidade; Caracterização; Controle biológico.