A feira de ciências é um ambiente que oportuniza os alunos vivenciarem a pesquisa de uma forma prática, essa forma de pensar se aplica cotidianamente ao ensino regular, mas quando pensamos no ensino inclusivo (EI), essa perspectiva cai por terra. Devido a deficiência, cada aluno possui uma peculiaridade, assim como no ensino regular, todavia existem incapacitante físicas ou cognitivas, não permitindo que o aluno realize a construção escrita ou prática de um trabalho científico. O objetivo é destacar de que forma o professor do EI consegue realizar atividades da feira de ciências com seus alunos, pode ser considerada uma feira de motricidade, mas que fomenta o pensamento e a construção crítica desses alunos. A pesquisa tem cunho qualitativo, caracterizada como estudo de caso, onde serão analisadas as escolhas das atividades que os alunos definiram que iriam construir e a relevância do aprendizado e o fomento do pensamento crítico nessa construção. O estudo foi realizado mediante ao professor de ciências da escola, onde foi aplicado com dez (10) turmas do Fundamental I e uma (1) turma de Fundamental II, de uma escola de EI de Canoas/RS, além disso, vale ressaltar que foram anotadas todas as atividades que os alunos não gostariam de realizar em sala de aula, e então foi possível verificar uma categoria específica de trabalhos que foi mais aceita. Dentre os resultados, foi possível averiguar que 75% (8) alunos tinham preferência por maquetes que envolviam a pintura e o desenvolvimento da motricidade, já os 25% (3) preferiam atividades que envolviam experimentos, onde seria possível misturar substâncias. Valer ressaltar a relevância da escolha de atividades, pois não houve nenhuma influência do professor titular, cada aluno destacou a atividade que mais se interessou e que as vezes possuía um mínimo conhecimento. Portanto, a feira de ciências não está ligada apenas a escrita de trabalhos e apresentação, podemos construir uma feira a partir das escolhas e construções dos estudantes, realizando uma exposição de pensamentos críticos (escolha das atividades e noções mínimas) e desenvolvimento da motricidade (construção e reconstrução) fomentando que todos possuem a capacidade de desenvolver atividades práticas e que agregam para sua formação.