Última alteração: 08-11-2021
Resumo
Introdução: A identificação de componentes morfológicos envolvidos em pacientes classe II esquelética associado as assimetrias da face é importante para o mapeamento de um plano de tratamento ortodôntico. Atualmente, as imagens tridimensionais permitem uma avaliação abrangente desses pacientes, observando estruturas anatômicas. Objetivo: Avaliar as características que afetam diferentes intensidades de assimetria mandibular em adultos Classe II esqueléticos por meio de imagens tridimensionais. Metodologia: Dados de tomografia computadorizada de feixe cônico de 120 pacientes Classe II (40 com simetria relativa, 40 moderada e 40 severa) foram importados para o software SimPlant Ortho Pro® 2.0. Foram estabelecidos três planos de referência e realizadas medidas lineares a partir destes, comparando o lado desviado e o lado contralateral com tamanho real e sem sobreposições anatômicas em cada grupo e as diferenças entre os grupos. A correlação entre a assimetria mandibular da linha média e outras variáveis também foi avaliada. A análise estatística considerarou nível de significância de 5%. Resultados e Conclusões: Dentre os valores obtidos no lado desviado e no contralateral, houve diferença significativa para os pacientes com assimetria moderada e severa, sendo mais frequente na severa. Nesses pacientes, houve correlação do desvio do gnátio com o menor desvio da linha média dentária, diferença nas posições gonais laterais, nas alturas dos ramos mandibulares e no deslocamento vertical do jugal. Portanto, para pacientes esqueléticos de Classe II com assimetria mandibular, algumas características craniofaciais estão relacionadas ao desvio do queixo e requerem avaliação adequada, incluindo as diferenças bilaterais na altura do ramo, comprimento do corpo mandibular, posicionamento transversal e vertical dos pontos gônio e jugal.
Palavras-chave: assimetrias, diagnóstico tridimensional, tomografia computadorizada cone beam.